sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

REFUGIO

Uma lágrima descia dos olhos de Cecilia, ela não sabia explicar porque sempre a angustia tocava sua alma quando ela se lembrava da infancia ou mesmo quando via guris serelepes na praçinha do seu bairro. Naquele dia era invitavel tinha recebido a tragica noticia da morte subita de sua avó, e logo vinha um turbilhao de emoções bater a sua porta, num acelaramento constante e eloquente da mente em reproduzir momentos vivenciados no passado ainda remoto. Aquela figura eloquente de uma mulher vivaz, altiva que eapenas em um só olhar demonstrava o que deveria ser feito ou ser dito, mas que em contrapartida era irresistivelmente afetuosa e compreensiva.
E agora o que fazer e o que pensar? O que fazer de sua vida? Quem a aconselheria, a colocaria no colo, quem a satisfaria seus desejos mais insanos ou ainda afagasse seu choro? 
Cecilia atonita caminhava a esmo, aquela emoção a pegou de surpresa, não sabia o que pensar, nunca tinha imaginado um minuto sequer que um dia poderia perder alguem a quem amava tanto, na sua cabeçinha sempre a supunha ter uma morte prematura, tinha só 18 anos, mas acreditava que logo embarcaria numa outra viagem. Agora, ali estatica não sabia o que fazer e o que pensar, apenas as lagrimas descreviam uma curva em seu rosto, morrendo no canto da boca.
Longe o barulho do apito do navio no cais, despertou momentaneamente daqueles bizarros pensamentos e desejos de que na verdade sua realidade não era aquela. O sol se punha entre as nuvens e o mar tranquilo repousava uma paz tão desejada, que aquietava sua mente. Aproximou-se entao da balaustrada que a separava do profundo verde-azulado do mar, e podia ate se ver alguns peixes que circulavam a procura de sua eventual presa, para satisfação de sua sobrevivencia. Naquele breve momento, num  instante incepto o sorriso de sua avó transcreveu a natureza do seu pensamento e se corporificou ante a sua presença.
Era delirio? Era lucidez? Mas aquele breve instante a fez emergir numa emoção infinda e agarrar-se ao desconhecido, e finalmente mergulhou nas aguas profundas do mar, que indiferente a tudo, era testemunha de sua fraqueza.

Um comentário:

  1. DINDA ADOREI O SITE MAS Ñ GOSTEIK QUE VC Ñ COLOCOU BRENO NEM BRUNA KKKKK BRINCADEIRA O SITE TA MASSA !!!

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