quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O QUE DIZ UMA FRASE?

Este espaço será reservado para analises e comentários sobre frases, definições e conclusões que nos levam a um certo discernimento. Não é irônico pensar que todas as abstrações que determinados autores e livros enfatizam se posto em pratica nos faz sentir que são verdades existenciais e nos levam a uma reflexão sobre a maneira com que vivemos neste plano e como interagimos com nossa realidade?
"O homem está colado entre os deuses e as feras  esta afirmativa de Plotino, nos coloca numa dimensão intermediária de uma realidade ainda não absorvida pelo homem, e sua real referencia de sua natureza.
Numa outra perspectiva Jô nos afirma nos ver. 30-29: Sou irmão dos dragões e companheiro das corujas...”, o que ele quis dizer com isso, na verdade? Fazendo uma analogia poderíamos concluir que Plotino nos dar informação sobre um homem dependente de deuses e ameaçado pela feras, não conseguindo despertar e assimilar o próprio medo de si. Mas adiante ele afirma: “Tenho medo dos deuses, pois não sou um deles, tenho medo das feras pois elas me ferem”, é uma visão de um homem tenebroso, e os deuses surgem como soluções para os seus medos e erros.
Quanto a Jô ele prefere se igualar ao inferior, porque desconhece em sua essência e este lhe parecem inferiores.
No livro Origem da espécies de Charles Darwin, uma das conclusões nos fica evidente, é que nós homens descendemos de alguma forma de espécies inferiores, e isto é deveras uma conclusão um tanto desagradável para certas pessoas, mas dificilmente alguém duvidaria de que descendemos de bárbaros. O espanto que particularmente senti ao me deparar com essa teoria pela primeira vez, me fez refutar a concepção bíblica, então como explicar tudo isso? Tenho uma teoria, que ficaria entre as duas concepções que talvez pudesse explicar e nos confortar dessa angustia existencial, tão própria do ser humano. No inicio nada existia a não ser DEUS, e Ele era o verbo, Ele expressou uma vontade em criar, então surgiu o universo, os planetas e a vida. Queria ele proporcionar isso a alguma coisa que fizesse parte dele, então criou o homem, mas não um homem apenas,  sim vários com sua companheira, onde pudesse vivenciar e não se sentir só, pôs esse homem, numa espécie de jardim, onde tudo era para ele, tudo obedecia a este homem, entretanto por pura insatisfação, implantada na sua natureza, este quis saber mais, mas Deus sabia que ele não estava preparado, mas continuou insistindo e Deus, então convidou a ver como era de fato a existência, afinal este homem não queria sua proteção. Assim todos que estavam no paraíso, foram expulsos para poder conhecer a vida em outros estágios. Deus porém, desnudou o homem de tudo, e ele foi forçado a aprender tudo, aprimorar sua inteligência. É porisso que vivemos no primitivismo das cavernas e outras situações nesses milhares de anos existenciais. Não sei se me fiz compreender, mas os dogmas surgidos depois, foi pura audácia do homem para sobrejulgar o outro, seu semelhante. Aquele que vê um selvagem em sua terra nativa, saberá que em algum momento de nossa vida, um de nossos ancestrais, foi rude, incoerente, canibal, e que com a evolução nos foi dado do privilegio de melhorar nosso ser. Acredito que daqui a mil anos a humanidade  estará diferente, terá aprendido mais para sobreviver melhor esta é uma esperança de um destino ainda mais elevado num futuro distante e de seu final, mas bem isso é outra história.                                                                                                
A essência do homem relatado por Darwin é de um homem que apesar de ter evoluído ainda continua na barbarice, cheio de crimes, tentando destruir o que lhe mais caro que é o meio ambiente, pelo simples fato, creio eu, de ser muito egoísta, não pensar nas gerações futuras. Fico a imaginar até que ponto esse homem conseguira sobreviver em seu próprio ambiente. Se formos perceber a beleza de nosso planeta Terra, como se fosse um celeiro do amor, onde todas as criaturas se harmonizam, se reproduzindo infinitamente, e que isto tudo poderá ser perdido, pela simples ignorância humana, me dar calafrios.
Hoje, em pleno final do século XX, o homem moderno, lê e pensa. Em 1754, Jean-Jacques Rousseau, em seu livro a Dissertação sobre a origem e a base da desigualdade da espécie humana, comentou : “ Importante sobre o estudo natural do homem, é considerá-lo a partir de sua origem.. Neste terreno, eu não poderia senão formar conjecturas vagas e quase imaginárias. A anatomia comparada ainda fez poucas descobertas e as observações dos naturalistas são por demais incertas para qualquer raciocínio lógico e sólido”.       
Hoje com o surgimento da auto-analise e as terapias de grupo consolida o homem  a ser o que ele é, assumir sua matéria corpórea, seus pensamentos por mais esdrúxulos que sejam, para finalmente encontrar-se e transformar o que  é o maior Dom: A VIDA, numa forma acessível, certo de que o resultado de tudo isso é o desenvolvimento interior sucessivo.
Willian Shakespeare afirma: “O que foi que visto no sombrio passado e no abismo do tempo? “(A tempestade). O que sempre temos visto é  a maneira mórbida de homens degladiar-se, fugindo  e se transformando em orvalhos, nada mais que lágrimas e lágrimas. O mundo é velho, o homem é novo, novo em suas ações , novo em seu modo de pensar e agir. Hoje, pouco se conseguiu estudar pouca coisa  a seu respeito e de boa parte do universo. O acesso a nós mesmo é um ponto que merece atenção. Às vezes ouvimos alguém afirmar que detesta alguém, que sente inveja do semelhante, homens que não gostam do que fazem, não gostam do planeta pois o desrespeitam, do sol, e que vivem em constante mau-humor e reclamação. Analiso o que faz este homem aqui? E imagino que algo precisa ser feito, que de certa maneira é preciso domesticá-lo dado o grau de sua alienação, despertando-se enfim, para si próprio. São paradoxos, que devemos solucionar, quando a nossa frente surge.
Estudamos o cérebro, nosso maior medo é saber o que ele contém, apesar de nossa insistente curiosidade, como é sua estrutura, o grande desafio que ele nos mostra. Até hoje, o que nos deprime são as insignificantes indagações. Aristóteles, contribui assim: “De todos os animais, o homem é aquele que possui o maior cérebro em relação ao seu tamanho.” Será que o tamanho importará ?
Será que o Éden será uma metáfora dentro da evolução do homem ou será que ele existiu? Mais que milenar a estória de sua existência. Assim alguns versos de Jonh Milton (Paraíso Perdido) nos dar uma idéia poética:  Então não estarias pouco inclinado...A deixar este Paraíso, mas possuirias...Um paraíso dentro de ti, mais feliz ainda...De mãos dadas, com passos errantes e lentos.. Através do éden tomaram seu rumo solitário...”                                                                                        
Abre-se dentro de mim  uma reflexão maior sobre a existência do paraíso dentro de si, porém ele parece tão pequeno quando não entendido... O problema consiste em percebê-lo, será que encontra-se ao meu lado, perdê-lo parece impossível, mas o importante mesmo é procurá-lo.  Como posso pensar em ser feliz, se a minha volta existem milhares de pessoas infelizes e tristes, passando pela vida de forma despercebida, sem nuca ter especulado sobre si mesma, e até mesmo terem refletido sobre sua existência, sobre seu paraíso interior. Somos importantes, e precisamos nos compreender de fato.
Sigmund Freud contribui nesse sentido: “A voz do intelecto é suave, mas não descansa até ter ganho um ouvinte. Em última analise, após inumeráveis derrotas, ela vence. Este é um dos poucos pontos em relação aos quais poderemos ser otimistas no tocante ao futuro da humanidade.”
 Faço um comentário através de um verso reflexivo:
 “Tenho ouvido para ouvir a voz dos Deuses
  Pouca é minha sabedoria
  Diante de tamanha beleza!!
  Tenho visões para ver
  E seguir meu destino...
  Em busca do meu paraíso interior.”
 “O espírito de um homem é capaz de tudo, porque tudo está nele, todo o passado e todo o futuro”(Joseph Conrad)
As horas silenciosas se aproximam... (Willian Shakespeare). Todas essas questões de extremo conhecimento humano, talvez não passem de simples conjecturas ou afirmações de problemas existenciais  que o homem vivência em relação a sua natureza e ao cosmo. De onde viemos e para onde vamos. Como se processa esse ciclo, ou tudo é um ciclo como tudo indica? Fica a idéia para você leitor refletir.


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