tag:blogger.com,1999:blog-60137005747187254412024-03-13T23:36:22.969-07:00MÃOS E LETRASESPAÇO DE PONDERAÇOES, LUCIDEZ, DELIRIOS DE CONTEXTOS APROPRIADOS DO IRREAL AO REAL.DEIXE SUA MENTE VIAJAR POR CAMINHOS E LUGARES NUNCA HABITADOS!Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-35200384870767837522013-07-05T20:48:00.001-07:002013-07-05T21:13:14.702-07:00A MENINA DO CABELO VERMELHO<div style="text-align: justify;">
Era outono, na ruas podia se ver as folhas ao chão de algumas árvores, o vento forte batia sobre o corpo trepido de Sanza, esta caminhava a esmo, buscava entender sua vida e como tinha desmoronado. Precisava ser forte e suportar a dor de não poder mais contar com alguém a quem idealizará e lhe parecia corresponder ao seus sentimentos, onde ela dia após dia cultivou essa sensação de carinho, de estima e de estar completamente extasiada pelo outro. Sabia que era perigoso, e parte de sua razão a alertasse sobre todos os riscos mas ela não queria saber e insistia arriscar a sentir toda emoção, flutuando sobre si, toda a plenitude de ser ela mesma sem medos e de poder compartilhar isso com ele, e isso fez com que a decepção fosse maior, pois acreditara em todas as palavras que foram ditas e se entregou sem nenhum medo. Agora estava ali, caminhando sem sentido, procurando uma razão plausível para aquela atitude, seria tão mais fácil se ele dissesse a verdade, assim teria a chance de escolher e assumir seus riscos, mas não ele preferiu mentir, enganar.</div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-v5YUPNjXebA/UFSNyBLmdgI/AAAAAAAAALY/4A4309WYElw/s1600/outono+ruiva.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-v5YUPNjXebA/UFSNyBLmdgI/AAAAAAAAALY/4A4309WYElw/s320/outono+ruiva.jpg" width="320" /></a></div>
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Perante a natureza tão linda podia refletir e pedir força em si mesmo para continuar acreditando no amor entre as pessoas e deixar que seu desejo de amor incondicional não a abandonasse. Para muitos que não percebem o sentido maior de um relacionamento puro, afetuoso, sem intrigas, brigas e mentiras, talvez venha achar que essa decepção não é importante,.. mas não sabem a dimensão que a pessoa se expõe ao vivenciar tudo isso.<br />
Mas ali, sobre o jardins da natureza e com pés descalços na terra, percebeu que um novo caminho abria para si. Não imaginava o quanto aqueles momentos a esmo a levaria a uma experiência unica e fantástica quase que inacreditável, talvez sua fragilidade ou mesmo o seu anseio de não se perder na decepção a levasse aquela situação.<br />
De repente uma luz ofuscou a sua visão, era forte e penetrante e magicamente a sua frente surge um ser alado, corpo de homem, musculoso e de suas costas brotavam asas. A principio pensara que estava tendo uma visão alucinatória que sua mente estava a produzir, mas aos poucos foi percebendo que tudo estava acontecendo a sua volta era pura realidade. Trocaram olhares demorados, aqueles olhos azuis penetravam com um poder sedutor sobre os seus, que era de uma cor amendoada e limpida. Seu corpo fragil e débil começava então a tremer ante a sensação de proximidade daquela entidade fantástica, causando-lhe calafrios. Não sabe precisar quantos minutos ou segundo se passaram até sentir o ar gélido do ser ante a sua respiração e sua proximidade. Estava em êxtase, ao mesmo tempo que insegura, não sabe quanto tempo resistiu aquele abraço, um abraço morno que deixou seu coração a pulsar e a ditar um ritmo cardíaco alucinado sem nenhum compasso a ser controlado por si. A voz que ouviu a seguir caminhou pelos seus tímpanos como uma suave melodia e por minutos a fazia esquecer toda sua vida de decepção e de como chegara ate aquele jardim.<br />
-Sanza querida, ouvi seu chamado e aqui estou<br />
- Quem é você? Não chamei ninguém, nem esbocei se quer uma palavra desde que cheguei aqui.<br />
- Não preciso de palavras para ouvir seu coração, e apressei-me a vir pois sinto que precisava saber de minha existência e de que as forças do mal poderiam direciona-la a outro fim.<br />
Naquele exato momento seu corpo gélido e morno, uma mistura que não saberia definir abraçou-me suavemente e como se estivesse flutuando me deixei conduzir. Não saberia precisar para onde estávamos indo ou o que iria acontecer no momento seguinte, apenas deixei-me levar a sentir uma sensação penetrante de paz e benevolência irradiada por todo meu corpo.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-d8omOVi_ZpA/UdeR50gZm9I/AAAAAAAAAME/4rOtguOjN3U/s1600/angel057.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-d8omOVi_ZpA/UdeR50gZm9I/AAAAAAAAAME/4rOtguOjN3U/s320/angel057.png" width="208" /></a></div>
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Durante todo o tempo que não sei precisar o quanto durou, se foi minutos ou horas aquele ser de aparência e magnanimidade jamais vista por mim, deu a mim uma energia que nunca pudera sonhar existir. Com simples gestos e como se penetrasse em minha mente mostrou toda minha trajetória de vida e como eu havia mudado os caminhos a que tinha decidido seguir um dia e que na realidade era o propósito de minha existência. Mostrou que antes de ser : ser humano e ter decidido ate mesmo o corpo ao qual iria habitar era de uma possuidora de uma energia cintilante e harmoniosa, que por livre arbítrio tinha deixado o estado de lucidez e satisfação para renascer na terra como humana, deixando todos os laços no esquecimento ao nascer.<br />
Agora sabia o que havia deixado para traz, e que minha escolha acarretou sentimentos de perdas. Ele era prova mais real que tinha, ele era toda a emanação do que eu havia desejado e que na verdade toda aquela escolha não havia resultado em nada porque ELE era o meu ideal. Mas porque raio de provação eu escolhi e me meti nessa terra se já havia alcançado o ponto maior da existência, tinha me tornado uma como ele? Toda minha amargura, agora fazia sentido, todo meu desencontro comigo mesmo, um propósito inacabado que queria provar agora não tinha mais sentido. Eu na verdade desejava era voltar a minha essência e não sabia como fazer, imaginava mil desculpas e propósitos sem sentido para continuar. Precisava dizer a ELE que era hora de voltar, que aquela garota de cabelos vermelhos ali já tinha esquecido como é ser angelical e se tornará amarga e até vil, mas não precisaria de palavras para afirmar isso, porque no fundo sabia que ele já conhecia tudo o que estava imaginando, e o que desejava afinal ele era parte de mim.</div>
Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-9359238984925000212012-09-04T16:47:00.002-07:002012-09-04T16:59:22.448-07:00UM AMOR BANDIDO<div style="text-align: justify;">Eram duas horas da madrugada quando os carros da policia rodopiavam em frente a Praça para virar a próxima esquina e invadir mais alguns lares. Havia dias que isso já se constituía um hábito, o delegado Rozeno depois de vários anos de investigação conseguiu chegar aos nomes dos culpados do grupo de extermínio que a muito tempo vinha fazendo estrago na cidade. Foi um trabalho minucioso e sem tréguas, 40 pessoas indiciadas no inquérito que tiveram suas vidas devastadas, a ter sido posta uma a uma no carcere. Rozeno sabia que apesar desse grupo estar dizimando os bandidos, eles não eram a lei e apesar disso estavam exterminando vidas a seu contento, com um objetivo de instaurar o terror e resolveram matar qualquer desafeto, qualquer pessoa que porventura estivesse atrapalhando as suas vidas, matando inocentes ao seu bel prazer. Era preciso detê-los.</div><div style="text-align: justify;">Entre os prisioneiros estava Josué, um cara boa pinta, malhado e com ares de inocente. Algemado na frente da esposa nada falou em sua defesa, caminhou a passos lentos até o camburão onde estava outros prisioneiros, alguns velhos seus conhecidos.</div><div style="text-align: justify;">(....) Quem é Josué, naquele momento de sua prisão, ele estava fora havia meses da atividade do grupo, depois da sua mal fadada experiencia em ceifar a vida de alguém, considerou muito e decidiu deixar aquela vida, mas as amizades com o grupo, não o isentaram de ser citado como um dos membros atuantes. Tinha então 18 anos quando se envolveu diretamente com a gangue de extermínio, a principio considerava uma diversão, participar de emboscadas e ajudar a localizar traficantes. Pensava que estava limpando a cidade, coisa que a policia não fazia, não importava os métodos, mas os resultados sim era importantes. Talvez por pensar assim, não acreditava na sua consciência que praticava atos ruins, era como livrar pessoas boas da maldade e da proliferação das drogas. Os meios justificam o fim..pensava. Quando foi preso tinha então 24 anos, tinha uma família, uma esposa e foi ela que o incentivou a largar essa faceta da sua vida, além de mostrar que agora a organização não se incumbia só de traficantes, mas era qualquer um. Naquela ocasião ele se odiou por ter um dia participado de tanta barbarize, estava centrado na sua vida de casado, seu trabalho e na idéia de ter um filho.<br />
Quando o camburão com os presos adentrou o patio do presidio, sentiu calafrios e por segundos desejou não estar naquele lugar. Era difícil imaginar uma vida naquele presídio. Cabisbaixo e seguindo os outros presos, Josué sentiu o gosto amargo de suas ações e uma nova vida surgia de forma distorcida e imposta goela afora, compreendendo que era necessário pagar pelo que tinha praticado, talvez só assim sua consciência lhe daria uma trégua.</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-pt8foSfI8YE/UEQQJ32i2YI/AAAAAAAAAKw/vhLf3Wf1-P8/s1600/homem-e-preso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-pt8foSfI8YE/UEQQJ32i2YI/AAAAAAAAAKw/vhLf3Wf1-P8/s320/homem-e-preso.jpg" width="320" /></a></div><br />
</div><div style="text-align: justify;">Já amanhecia quando foi empurrado para uma cela pequena, úmida e com cheiro de morfo. Apenas um colchão velho e um travesseiro imundo aqueceu seu corpo cansado e dolorido de tanto soco levado dos policiais, que desejavam a todo custo uma confissão. Era o começo do seu inferno! Estávamos no ano de 2008. Agora sabia que precisaria se adequar aquela vida ofuscada e terrível, teria que fazer conchavos, buscar recursos financeiros para ter um pouco de dignidade e sobretudo se comportar da melhor forma que pudesse, para que logo pudesse sair dali. E teria que contratar um bom advogado para não ver seus planos ruirem.<br />
Dois dias depois recebeu em uma visita intima de sua esposa e com ela combinou como buscariam ajuda, já que não tinha tantos recursos. Sabia que os chefãos deveriam estar mortos de medos de ser denunciados, pois preso mesmo só foi a raia pequena, os que comandavam esses pareciam intocáveis. Depois da conversa, momentos de carinho e amor o fez relaxar e se sentir em outro mundo, estava livre naqueles ínfimos momentos e no delírio do prazer estava em êxtase. Ela era tudo que lhe restava, que daria força para continuar vivendo naquele inferno. Combinaram de que ela procuraria Severo, o homem de ferro da organização e dele a ajuda necessária para sua libertação.<br />
Na cela não tinha muito que fazer, um livro empoeirado que insistia em ler, os momentos de prazer no patio quando podia sentir a luz do sol e seus pensamentos emaranhados, despedaçados e infelizes. Naquele dia foi chamado pelo diretor Sr. Augusto que o incumbiu de uma tarefa, trabalhar na enfermaria. Sorriu, agora iria se sentir mais livre, e poderia de alguma forma ser útil, além de que dessa forma poderia diminuir sua pena de algum modo, prontamente aceitou, já fazia um mês que a vida lhe parecia vazia e sem destino.<br />
O primeiros dias na enfermaria foram tudo que ele imaginara, levava os detentos para ser examinados pelos medicos, havia um clinico geral e um psiquiatra, as vezes cuidava de um prisioneiro que se feria de algum modo, limpava suas feridas, organizavas os fichários dos medicos, as marcações da consulta, sempre prestativo, tanto os presos, os agentes de saúde e medicos foram se afeiçoando a sua pessoa, seu modo disponível, afável e por hora brincalhão.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-eE7KRzfKyEs/UEZtf-vqPtI/AAAAAAAAALE/J59hQ78OmWg/s1600/sonho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="http://4.bp.blogspot.com/-eE7KRzfKyEs/UEZtf-vqPtI/AAAAAAAAALE/J59hQ78OmWg/s320/sonho.jpg" width="320" /></a></div>Numa noite foi acometido de um sonho estranho, acordou suado, delirante, coração pulsante e apertado. Sonhara que uma linda mulher de cabelos longos e negros flutuava em sua frente, e com um frenezi tocava seus rosto, que encontrava-se ao seu lado pairando na noite estrelada. Aquele olhar enigmático e sedutor era conhecido, só que naquele momento não conseguira lembrar, os pingos de suor morriam a sua boca e ele podia sentir o gosto salgado. A partir daquele dia a imagem daquela mulher lhe perseguia sempre que encontrava-se só e em devaneios a beijava intensamente. Novamente foi acometido pelo mesmo sonho, a mesma cena e um toque suave da mãos finas da mulher gelava sua face... o que era aquilo, que significado tinha, porque era atormentado assim? Foi assim que resolveu marcar uma consulta com a psiquiatra do presidio, talvez ela pudesse lhe esclarecer de vez por todas e assim poderia compartilhar com alguém aqueles sentimentos estereotipados e insanos que o atormentavam.<br />
No dia da consulta estava nervoso, não tinha idéia de como falaria de suas angustias, dos medos e da eloqüência incoerente que era o desejo insano de sentir que aquela mulher existia, e não era sua esposa, era alguém que já vira e que existia razões que desconhecia para impedir que lembrasse quem era. A sala parecia abafada, apenas ouvia o som do ventilador, espera ansioso e ao mesmo tempo com um topor pela doutora. Ela chegou, com os cabelos soltos negros, seu guarda pó branquinho e apenas o logotipo do complexo prisional exposto de forma enorme que chamava atenção dada a brancura da roupa. Ele estava em pé, trêmulo. Gentilmente ela solicitou que sentasse. La fora chovia, podia-se ouvir o vento e o balançar das arvores e nesse segundo mágico, percebeu naquele olhar uma sensação já vivida e sem explicação a doutora a sua frente era tão familiar. Não tinha mais duvidas, ela era a mulher que habitava seus pensamentos e talvez o medo de ser descoberto por estar totalmente apaixonado por uma pessoa totalmente diferente de si, a negação desse sentimento era a unica explicação para o que estava acontecendo com ele. Pior que estava a sua frente e como iria explicar tudo aquilo, lágrimas brotaram em sua face. Agora tinha certeza amava aquela mulher mas jamais poderia confessar ou expor a todos o seu amor bandido, tardio e sem chances de algum dia se tornar uma realidade. Levantou-se sem uma palavra, foi embora da sala.<br />
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</div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-25141324261861901912012-08-10T15:16:00.002-07:002012-08-10T17:12:40.756-07:00EXTENSÃO DE TI<a href="http://3.bp.blogspot.com/-B0LslHMunAM/UCWIRF3bxgI/AAAAAAAAAKg/JOvfTSuR0gQ/s1600/amor+alem+da+vida.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="448" src="http://3.bp.blogspot.com/-B0LslHMunAM/UCWIRF3bxgI/AAAAAAAAAKg/JOvfTSuR0gQ/s640/amor+alem+da+vida.jpg" width="640" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"> Sem querer eu me deixei ir além de mim</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"> E não suportei o vazio,</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"> Mas você surgiu e não me deixou cair</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Todo abismo da minha existência veio a tona</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Mas sua quietude, seus gestos, e seus beijos</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Me acordaram para a vida, </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Embora minhas pernas não aguentassem o meu peso</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Era necessário estar em seus braços</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Senti-lo...</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Existe algo em você que não conheço</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Que me enche de topor..</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Acreditar em você , era tudo que eu tinha</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Mas tudo que você diria nunca seria verdade</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Nunca é verdade</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Porque você faz jogos para ter o que quer</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Pior, que nesses jogos você é que ganha sempre!!</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Mas eu resistir</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">E do nada, enxerguei a verdade</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">A minha própria verdade</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">E no devaneio de minha alma </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Eu ateei fogo à chuva</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">E no meu delírio eu percebi que as gotas caiam sobre sua pele</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">O fogo queimava minha alma enquanto eu chorava</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Ironicamente, como um esquizofrênico eu ouvia seu nome</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Ouvia gritarem seu nome!!</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Como um pás</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">saro sobre o voo lepido ao vento</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Fecho meus olhos e sinto você em mim para sempre</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Estar contigo é tudo que desejo,</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Que quero, anseio minuto a minuto</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Você e eu juntos, nada melhor..</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Eu ateei fogo na chuva e nos joguei nas chamas</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">E nela pude sentir teu hálito</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Me sentindo morrer</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Porque você é algo que eu não conheço</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Pois seria nossa ultima vez...</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Às vezes acordo e vejo a minha vida</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">O meu coração que não se cansa de te esperar</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Mesmo sabendo que não estamos mais</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Ele agoniza por você</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">E eu não posso evitar de procurar por você</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">Em cada lugar que eu vá!!!</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /><span class="Apple-style-span" style="font-size: 11px;"><br /></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 11px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span></span>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-78835952007521588212012-06-24T08:59:00.003-07:002012-06-24T09:02:10.206-07:00MOMENTO REFLEXIVO<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nada e ninguém poderá avaliar um sentimento de perda.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A natureza de desespero sofrida leva ao insano, ao
descontentamento e alheamento.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Perder significa re-significar tudo, o sentir, o agir, é
mudar as emoções de forma brutal, é direcionar-se ao vazio.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quantas vezes já re-significamos na nossa vida? Quantos anos você tem? 15, 20, 35, 40, 50, não importa em toda sua trajetória você re-significou algo, seja no relacionamento, seja nas decisões já tomadas que de nada vale no momento atual. Você faz isso porque é necessário, porque sua vida é uma energia cíclica e que deve continuar sendo, senão ela estagna e perece. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-h_qEjGTAzUg/T-c5-JlbmoI/AAAAAAAAAKU/flTOVwmrHfA/s1600/pensativo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="http://1.bp.blogspot.com/-h_qEjGTAzUg/T-c5-JlbmoI/AAAAAAAAAKU/flTOVwmrHfA/s320/pensativo.jpg" width="320" /></a></div>
Quando não vemos razão para nossa existência, já pensou no que acontece? Viramos suicidas, e a cada dia que passa, somos suicidas matamos nossas próprias esperanças, fazemos isso de forma mais ridícula que pode existir, nos drogamos, nos viciamos tirando do foco a nossa própria existência, não acreditamos em nós mesmos e por fim culpamos o que nos deu a vida, aquela força que nos oportunizou a ver de perto a existência, a sentir no simples ato de respirar que vale a pena ter todos os sentidos, de criar para fazer nossa jornada mais viva, de poder gritar aos quatro cantos do mundo quem somos HUMANOS e temos direito de estar aqui e que por falta de escolha ficamos sem direção, mas que somos suficientes para mudar tudo que nos parece ruim e nos ater na maior energia nos dada de graça que é o AMOR, porque somente ela é capaz de nos despertar para o âmago da vida e nos dar a certeza de quem vale a pena cada sopro que expiramos, e que devemos discernir e nos aliarmos aos que da mesma forma como nós tem o poder do amor, do fluir pela vida e de que vale a pena toda essa jornada, e que na verdade tudo é apenas uma questão de acreditar e de expressar isso.</div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-16720618900695230752012-02-10T07:18:00.000-08:002012-02-10T07:31:07.967-08:00FAMILIA DRAGON<div style="text-align: center;">CAPITULO III<br />
O ENCONTRO</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Desde a morte de Eloá e o sentimento de perda nos direciona a novas perspectivas perante a vida e pode alterar comportamentos inadequados mudando todo o trajeto de uma vida. Extasiados ficamos quando nosso irmão Kelvink decidiu buscar a familia esquecida, conhecer seus irmãos JackSully e Zodicak, o sentimento de perda, e a emoção de conhecer os irmão a tanto tempo perdido nos fez crescer e evoluir. Claro, que saber que o de pai de Kelvink foi covarde e cruel com a mãe, nos fez ver a importancia de resgatar as nossas historias e a partir dai, vim a constuir um novo futuro. Conseguimos ouvir do próprio Jack sua tragetoria e como ele proprio revela.</div><div style="text-align: justify;">"Nasci um ano depois de Kelvink, e logo depois do meu nascimento fui separado abrutamente da minha mãe e do meu irmão, não a conheci, e por muito tempo imaginava ser filho de Mabu a mãe de minha irmã Zodiack, que sempre me tratou com respeito e carinho, como a de um filho. Somente ao completar a maior idade e logo o falecimento do nosso pai, é que me foi revelado toda a verdade, e que eu vim saber da existencia de meu irmão mais velho. Por algum tempo eu e Zodiack o procuramos sem exito, ate que um dia um alado chamado Nefistoan, foi ate nossa casa e nos trouxe noticias. Confesso que foi muita emoção, agora aproxima-se o dia em que nos encontraremos".<br />
Era uma tarde de chuva o dia em que pus os olhos no meu irmão, olhar altivo, profundo, seu porte athetico e a cor dos nossos olhos era iguais e em nada diferenciava, ele era um tigre e eu um lobo. Aquele encontro emocionara a ambos e como que por uma força interior nos abraçamos parecendo que a seculos nos conheciamos. Com franqueza foi o dia mais feliz da minha vida no mundo perfeito.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-ckGkd8nk7UQ/TzU0HA5wTiI/AAAAAAAAAKM/kKLZwxOeG6s/s1600/us_perfectworld_boxart_0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273px" sda="true" src="http://4.bp.blogspot.com/-ckGkd8nk7UQ/TzU0HA5wTiI/AAAAAAAAAKM/kKLZwxOeG6s/s320/us_perfectworld_boxart_0.jpg" width="320px" /></a></div>Decidimos que daquele dia em diante nunca mais nos separariamos e fosse o que fosse que acontecesse e um precisasse do outro seria dito e em consequencia atendido. Na ocasião soube que Kelvink estava de casamento marcado com uma sacerdotiza chamada Papoula, e o casamento aconteceria nos primeiros dias de maio. Este romance se tornaria eterno e razão da vida do meu irmão, Kelvink falava dela com entusiasmo, carinho e muito amor, sua vida em PW só tinha sentido ao lado dela, alem é lógico da familia, pois sua responsabilidade junto aos Dragons era enorme, mas sentia paz no coração e uma imensa vontade de viver.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-22022302079193575142012-01-26T09:47:00.000-08:002012-01-26T09:58:55.158-08:00O ÁPICE DA DECEPÇÃO<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Final de tarde, Luciana ainda não sabia bem para onde ir, se voltava para casa ou se iria ao barzinho encontrar com os amigos. Era Sexta-feira, amanhã sabia que poderia acordar mais tarde, e teria todo o dia apenas para si. Pensava estranhamente em seu filho, estava<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>hoje com 21 anos, as vezes ficava horas pensando nele, fazia dois anos que não o via. Imaginava inúmeras vezes um encontro, tinha tantas coisas para falar, uma vida inteira, mas o que mais desejava era pedir-lhe desculpas, sim desculpas, pois culpava-se por não ter lutado suficientemente por ele na epoca em que tudo aconteceu, apesar de sua pouca idade, hoje analisando friamente, acredita que na epoca foi muito infantil e covarde, o medo enorme de enfrentar vida e as responsabilidades, de dar ao outro ser o essencial que necessitaria, de não poder saber e ter como cria-lo talvez a tenha levado a não lutar como deveria. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Mas durante todos esses anos a dor estava sempre presente e desejava muito poder ter a oportunidade de contar toda sua trajetória de vida durante esses 16 anos em que viveram separados. </span></div><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">O ônibus subia a ladeira da montanha, as pessoas que residiam naquela rua, de alguma forma despertavam em si um sentimento de amargura, pobreza e piedade. Aquelas mulheres vendiam ainda o seu corpo para poder sobreviver. Ao pé da ladeira pode ver o por do sol, o mar ainda azul denunciava que a vida vale a pena ser vivida, com todos os contrapesos que ocorrem, e na realidade eram formas de burilar a alma para a perfeição. Considerava-se uma pessoa batalhadora profissionalmente, alias adorava sua profissão, era uma pessoa disciplinada, tinha objetivos a alcançar propostos desde a sua adolescência e iria cumpri-los, o que as vezes a deixava impressionada era como tudo na sua vida aconteceu de uma certa forma como havia planejado, como havia desejado. Sempre soubera que Deus inúmeras vezes ouvira seus pedidos, embora não gostasse de ocupar Deus com seus desejos, gostava mesmo era de agradecer, agradecer pela vida, pelo ar, pela natureza e até mesmo pelo sofrimento que passava, porque ele com certeza a faria crescer de alguma maneira, embora naquele momento parecesse doloroso. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">Finalmente d</span>ecidiu ir para casa, tomar um bom banho e depois quem sabe sair com alguns amigos, talvez desse uma esticadinha na noite, indo a uma boate. Sentia-se muita vezes só, e com saudades de sua adolescência, do tempo em que o amor parecia existir com mais freqüência, ou será que era a maturidade batendo à sua porta que insitia em afirmar que tal amor era pura caracteristica de uma sonhadora na fase da adolescencia? Nunca saberia, a verdade era que nunca mais conseguira se apaixonar por ninguém. Colocou a chave na porta e abriu. O apartamento era o mesmo, um tanto abafado por ter estado o dia todo fora e se mantia fechado, as persianas impediam que os últimos raios do sol penetrassem no ambiente, abriu quase que instintivamente as janelas, e lentamente deixou a bolsa cair sobre o sofá. No quarto tirou lentamente sua roupa, peça por peça, livrando-se daquele cheiro de suor do dia inteiro. Entrou no chuveiro, sentindo a água a deslizar sobre o seu corpo, o que a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>deixou relaxada.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma vontade de tocar-se mais intimamente foi despertada pelas suas mãos quando as tocavam , e o desejo foi maior e ali mesmo com a água a cair<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sobre sua<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pele, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>deixou-se<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dominar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pelo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>seu<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sexo até<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>chegar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ao<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>orgasmo. A</span><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;">queles </span><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;">momentos de prazer sempre a levava ao passado, entretanto naquele dia fora diferente, de subito imaginara<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>alguém a quem conhecera a pouco tempo e que nunca tinha tido qualquer tipo de intimidade. Era estranho, mas sua mente mostrava a todo instante o jeito, a silhueta<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>daquele corpo a qual a despertava ao prazer, e fantasias surgiam desgovernadamente<span style="mso-spacerun: yes;"> a deixando-</span>se levar e gritar de prazer.</span></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Em poucas horas lembrara que tudo acontecera em suas férias. Estava saindo de um relacionamento que a fez muito feliz durante muito tempo, mas que de repente a tinha<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tirado de sintonia, as vezes acreditava que continuava amando, mas tudo era muito confuso em sua cabeça, precisava mesmo era dar um tempo, por sua vida emocional em ordem, pensar no seu trabalho, em seus objetivos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e procurar o mais que podia ser feliz, afinal era tudo o que desejava. Tinha sido muito feliz, ao lado do antigo amor, construíram muitos sonhos juntos, sabia que cada passo que dava na vida tinha seu apoio e seu carinho, não tinha medo de errar, mas tinha medo de perder todo aquele sentimento, e isso acabou acontecendo. Inúmeras foram as vezes que se culpou, que desejou não ter sentido nada, sabia que muitas vezes o havia chamado atenção, era necessário fortalecer os sentimentos, as atitudes, mas depois com o tempo os dois se acomodaram, e agora uma nova vida estava por surgir, tinha medo, mas era necessário seguir em frente, fosse aonde fosse dar.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Vestiu uma camiseta, seu cabelo molhado caído aos ombros escorria gotas d'água, estava morrendo de fome e precisava alimentar-se. Abriu a geladeira e nada encontrou, decidiu então ligar para uma amiga, talvez se tivesse companhia iria a um restaurante comer uma boa pizza. Ligou para Márcia, mas o telefone apenas tocava, e ninguém atendia, deixou lentamente o fone no gancho, e naquele momento sentiu uma solidão terrível. Entretanto, uma duvida brotou em sua cabeça sobre o motivo da amiga não ter atendido o telefone gerando uma agonia e angustia, resolveu ir procura-la, vestiu qualquer roupa e foi ate a casa da amiga. Logo deparou-se na frente da porta da casa da amiga sentindo certo constrangimento, mas seu impulso foi mais forte e tocou a campanhia. Parecia uma eternidade e nada aconteceu, quando percebeu a porta entreaberta, timidamente empurrou e entrou. O silencio era assustador, aparentemente não havia ninguem, a escada que dava ao quarto lhe pareceu suspeito seu coração acelerou momentaneamente, impulsivamente subiu as escadas, a porta do banheiro estava entreaberta, passo a passo foi adentrado ao recinto, percorreu o corredor e deparou-se com o quarto da amiga, abriu a macaneta e deu um enorme grito. Perplexa com a cena, lagrimas desceran sobre seu rosto, de um lado o corpo da amiga inerte em meio a uma poça de sangue e ao lado pendurado com uma corda no pescoço sem sinais de violencia o corpo do seu ex-marido.</span></span></div><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-HlBriwS2j-A/TyGOw7n_RtI/AAAAAAAAAKE/Nw5C-_zGQDw/s1600/suicidio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gda="true" height="273px" src="http://2.bp.blogspot.com/-HlBriwS2j-A/TyGOw7n_RtI/AAAAAAAAAKE/Nw5C-_zGQDw/s320/suicidio.jpg" width="320px" /></a></div><br />
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<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-17661316372705877572011-12-15T10:28:00.000-08:002011-12-15T10:28:12.178-08:00Desejos..<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Tf9zL7Izw9E/Tuo70W9v8sI/AAAAAAAAAJ8/8rd5WBGKQYI/s1600/desjeos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240px" oda="true" src="http://1.bp.blogspot.com/-Tf9zL7Izw9E/Tuo70W9v8sI/AAAAAAAAAJ8/8rd5WBGKQYI/s320/desjeos.jpg" width="320px" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Uma estranha luz brilha</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Fascínio, encantamento...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">É tua presença...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Teus olhos capazes de renovar minh’alma</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Ensurdece meus sentidos</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">E me faz delirar</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Este delírio..</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Me faz incitar-me...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">A querer a tua pele sobre a minha</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">O som noturno da musica lá fora</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Sonoriza um desejo</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">E sedenta de amor</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Vejo a plenitude e amplitude de me fazer</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Pertencer a ti</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Pois sua ausência me extasia...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Num desejo perene de ti ter </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">A musica insiste e não desiste</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">De lembrar a ti</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Acompanho cada movimento sonoro</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Como um desejo...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Onde o atrevimento contido no olhar</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Não passará...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Apenas da sensação de pertença...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Mas o destino, </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">É o destino</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Com ele vem as crenças...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Realizações e materializações desse desejo</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Um destino. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Criado por mim</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Desejado por ti...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">Numa volúpia insana</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Times New Roman;">De nos unirmos para sempre!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-3650866258627295372011-12-15T09:16:00.000-08:002011-12-15T09:16:59.985-08:00Amor, puro e simples Amor!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-1du6W0AJrdU/TuorVeyFKeI/AAAAAAAAAJ0/n3_CSDUX8ls/s1600/amor-7619.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240px" oda="true" src="http://1.bp.blogspot.com/-1du6W0AJrdU/TuorVeyFKeI/AAAAAAAAAJ0/n3_CSDUX8ls/s320/amor-7619.jpg" width="320px" /></a></div>A, o amor... por onde anda?<br />
Que caminhos ele estar a seguir<br />
Para que eu possa ir ao seu encontro<br />
Para que eu possa senti-lo<br />
Que ele possa apossar-se de minh'alma<br />
Dilacerando-a<br />
Enchendo-me de luz...<br />
<br />
Cadê o amor...<br />
Por onde ele passou deixou adocicada<br />
A alma de quem o pertenceu<br />
Ele vive a espreita<br />
Querendo fazer feliz a quem o concebe<br />
<br />
Amor que me faz cantar<br />
Me faz feliz<br />
E me faz delirar<br />
Que adentra me alma<br />
Sem licença<br />
Para me deixar em extase!!<br />
<br />
Cadê o amor..<br />
Ele estar com voce<br />
Ele é voce<br />
Ele que me deixa liberto<br />
E afirma... a todo instante<br />
Que voce é meu amor!!Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-53703043847617766652011-12-14T08:58:00.000-08:002011-12-14T09:00:59.635-08:00A infancia..o começo!?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-Wp2eqBdrV_0/Tt0VcglDz7I/AAAAAAAAAJU/UVwK3ECA0w8/s1600/nina.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dda="true" src="http://3.bp.blogspot.com/-Wp2eqBdrV_0/Tt0VcglDz7I/AAAAAAAAAJU/UVwK3ECA0w8/s1600/nina.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sempre imaginamos que quando nascemos tudo é o principio, este conceito é baseada na falta de desconhecimento ou mesmo pautada na fé. Particularmente não penso dessa forma, viemos de uma fonte energética suprema e é lógico já existíamos antes de nos tornar humanos, de escolhermos a que família qual vamos pertencer, creio que esta escolha estar baseada nas experiências que devemos ter para o nosso crescimento espiritual, aqui somos como uma centelha e que precisamos burilar toda a força negativa e positiva que existe dentro de nós, e com o decorrer da existência essas escolhas levará a um aprendizado maior e ao que nos propomos a ser de fato.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Maria Joana tinha 07 anos quando do nada percebeu que existia, era como um despertar, sentimentos diferenciados eclodiam em sua cabeça, e varias vezes se percebia com o olhar perdido sobre a mureta da janela da varanda do quintal onde visualizava o mar como pano de fundo, assim como o abacateiro que inúmeras vezes se pendurava nas suas pintanças. O contato com a natureza lhe deixava leve, e a fazia transcender, era mágico, ficava inerte como uma luz flutuante e com uma força maior que não sabia com palavras descrever. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Certa vez, nessa mesma janela, que na verdade era uma espécie de meia porta, ou seja uma porta cortada ao meio, ela estava a escovar seus dentes junto com seu irmão de 05 anos e animadamente brincavam com a espuma de suas pasta de dentes quando do nada a porta se abriu e seu irmão despencou de uma altura enorme caindo entre as pedras, Maria Joana como que no automático se agarrou na porta ficando pendurada, por uns minutos, mas que nesses breves instantes teve a visualização de um ser angelical, que sem muito esforço emburrou a porta de volta e ela caiu no chão da varanda. Nunca esquecera esse fato, la embaixo seu irmão prostado e a sua frente um ser luminoso nunca visto. Acredita ate hoje que este fora seu primeiro contato com essa energia positiva e que no decorrer de sua vida se manifestaria por três vezes, e sempre em situações difíceis.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seu irmão é claro sobreviveu, ela sabia que tinha o dedo daquele ser luminoso que vira, mas este encontro resignificou sua vida posteriormente, alicerçou sua crença e levou a buscar estudos que esclarecesse aquele breve instante.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-VRDOc1ksB8k/Tt9cZ-oH_lI/AAAAAAAAAJc/51QgJ4EQ0Eo/s1600/mendigo-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320px" mda="true" src="http://1.bp.blogspot.com/-VRDOc1ksB8k/Tt9cZ-oH_lI/AAAAAAAAAJc/51QgJ4EQ0Eo/s320/mendigo-3.jpg" width="273px" /></a></div><span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aos 09 anos Maria Joana, possuía certo grau de independência, já ia a escola sozinha, tomava o bonde ou por vezes vinha caminhando, o que achava a experiência emocionante, principalmente porque se dependurava no bonde, sentindo a fluidez do vento em seu rosto e era nesses momentos que podia observar tudo ao seu redor e tinha a sensação de liberdade. </span></span><br />
<span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vez por outra encontrava velhos mendigos de olhar profundo e cansado pelos becos por onde passava, o que lhe provocava profunda tristeza, ver a condição sub-humana tão marcante e nada poder fazer. Pensava que aquelas criaturas haviam escolhido este caminho, afinal apesar da luta pela sobrevivência ser tão acirrada, acreditava piamente que qualquer pessoa em qualquer situação social determinava seu próprio caminho, e tinha certeza que era escolha deles viver naquela condição.</span></span><br />
<span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que mais lhe dava prazer nessas suas andanças vindo da escola era a alegria das crianças do curtiço parecia que la habitava a alegria, apesar de toda a condição social desfavoravel, os meninos a jogar bola e correr picula e as meninas adoravam amarelinha, ficavam a pular de um pé só. Algumas vezes em que parava para observar, Anita uma negra de olhos cor de mel a chamava para interagir, e com um sentimento de tristeza sempre dizia que não podia, pois já estava atrasada para chegar em casa, detestava deixar sua mãe esperando para o almoço ou que se preocupasse consigo.</span></span><br />
<span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Arial;">Toda criança sempre tem um amigo especial, alguem que ama mais que tudo e que representa muito para sua vida, Maria Joana tinha uma pessoa especial a qual ela nutria um sentimento muito prazeroso, as vezes ela propria se questionava o por que daquele sentimento, aquela dedicação, sentia como se fosse mais alem da amizade, algo que transcrevia a descrições, era uma ligação espiritual tao forte que em momentos de seus devaneios desejava mudar seu sexo para supostamente ter a pessoa e poder conviver de uma forma mais intima. Aquele sentimento fortalecido em uma idade tão terna mostrava que o amor verdadeiro esta dentro de cada um e muitas vezes de forma adormecida, outras vezes coeso como fogo, acesso, um amor incomum. Não me refiro aqui a amor sexual, embora no contexto Maria Joana inumeras vezes sonhara tocar os labios de Edite, sua prima, era uma adoração impar, incontestavel que alimentava sua alma e sua vida.</span></span><br />
<span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Arial;">Mas na vida há caminhos de desencontros marcados por desventuras e não poderia ser diferente com Maria Joana, assim num dia comum de domingo aconteceu a primeira briga com Edite, coisa tolas, intrigas dos primos que ja notavam a preferencia diferenciada, o trato, a defesa incondicional frente a todos. Naquele domingo chegaram ao extremos, inflamadas pela maudade mirim dos moleques. O dilema de Maria Joana era só um, como ficaria depois, nao conseguia se defender, e apanhou horrores de Edite. Conseguindo fugir daquela situação, correndo até o fundo do quintal e mergulhando dentro de um tonel enorme de agua, ficando la parada sentindo a agua fria no seu corpo dando um prazer de odor causada pelas unhadas dadas pela prima. Não sabe exatamente quanto tempo ficou ali naquela situação, um tanto ilarica. A voz de sua mãe a trouxe a sua realidade, e automaticamente saiu daquele enorme tonel. Era hora do almoço, era um sabado e sempre nos fins de semana almoçavam juntos seus pais e seu irmão, a mesa o seu pai contava as peripecias do seu trabalho, e sua mae falava da semana e das dificuldades de educar as crianças. Depois do almoço, sempre tiravamos uma sesta e em seguida iamos brincar com nosso pai.</span></span><br />
<span style="font-family: Arial;">Pode-se dizer que Maria Joana viveu sua infancia de forma tranquila e amorosa, resolvia suas dificuldades com ponderação e justiça, isso deu a ela um suporte para enfrentamento das dificuldades que encarou na sua vida.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-fBFS_7SGfyM/TujRcnMdvqI/AAAAAAAAAJk/jCCuTKPo-WU/s1600/amigas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320px" oda="true" src="http://4.bp.blogspot.com/-fBFS_7SGfyM/TujRcnMdvqI/AAAAAAAAAJk/jCCuTKPo-WU/s320/amigas.jpg" width="252px" /></a></div><span style="font-family: Arial;">Aos 11 anos se separou definitivamente de sua prima, ela foi morar em Goias e Maria Joana no Rio Grande do Sul, só se reencontrando aos 15 anos, quando Maria Joana não quiz festa e sim uma viagem com o objetivo de rever novamente a prima. </span><br />
<span style="font-family: Arial;">A emoção do encontro foi muito forte, seu coração acelerava, seu pensamento criativo a levava a situações imaginadas que a faziam ruborizar. Desceu do onibus e ao lado da tia caminhava até a casa dos primos, os meninos ja estavam com 18 anos, no exercito, e ela deveria estar muito linda, e as lembranças dos momentos vividos foram repassando a cada momento que se aproximava da casa. Finalmente seus olhos encontraram o de Edite, e institivamente correram para o grande abraço, tão forte, caloroso que a fez respirar fortemente. Sua vontade era enche-la de beijos, mas conteve-se e apenas conversaram. Agora tinha certeza que a amava incondicionalmente.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">As ferias acabaram e Maria Joana retornou a sua cidade natal, com a doce sensação de que nunca esqueceria sua prima e aquele amor unilateral .</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Aos 17 anos sua primeira desilusão, soube da noticia que sua adorada Edite iria casar. seu mundo veio ao chao, e daquele dia em diante todos os seus sonhos secaram feito uma peuena lagoa num deserto. Nunca esquecera quantos dias chorou e quantas noites ficou sem dormir, imaginando que sua amada estaria ao lado de outro e que ela jamais poderia confessar todo o amor proibido sentido.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Maria Joana namorou, casou, descasou viveu sua vida como uma pessoa comum, mas nunca esqueceu aquela energia sentida, aquele sentido dado a vida que poucos sentem, o Amor, o amor simples e puro.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-oe7cVnZ27-w/TujWN23YfYI/AAAAAAAAAJs/kxRbMklxcEk/s1600/AMOR-INCONDICIONAL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240px" oda="true" src="http://3.bp.blogspot.com/-oe7cVnZ27-w/TujWN23YfYI/AAAAAAAAAJs/kxRbMklxcEk/s320/AMOR-INCONDICIONAL.jpg" width="320px" /></a></div></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-33993000350932868992011-10-25T14:40:00.000-07:002011-10-25T14:48:44.316-07:00O Sapiens e o Caos<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-_6VW8TcFqTI/TqcsrERB49I/AAAAAAAAAI4/hMUu5jhhR64/s1600/caos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" ida="true" src="http://2.bp.blogspot.com/-_6VW8TcFqTI/TqcsrERB49I/AAAAAAAAAI4/hMUu5jhhR64/s320/caos.jpg" width="315" /></a></div><div style="text-align: justify;">Aqueles olhos pareciam me pedir de alguma forma ajuda, seu corpo estava estentendido ao chão, um tanto sujo, sem camisa, simplesmente jogado e seus olhos circulavam pelo salão como se tentasse se refugiar de algo inexplicavel, invisivel, vez por outra do canto de sua boca esboçava um sorriso, como se estivesse a se divertir com a sua propria situação. Encarei por diversas vezes aqueles olhos, procurava uma solução para aquela situação, uma vida miseralvemente triste, como se dependesse de mim. Entretanto sabia que por mais que eu encontrasse qualquer tipo de ajuda, ele continuaria ali, apatico, enigmatico como se nada estivesse acontecendo, sorrindo ao léu vez por outra, como se divertisse por eu estar preocupada com ele.</div><div style="text-align: justify;">Era janeiro 2011, no albergue circulavam outras pessoas talvez com um pouco mais de sorte que o Josué, porque todos pareciam ter sobre si o dominio da lucidez enquanto que o rapaz de olhar profundo e sombrio não respondia inteiramente por si, era como se fosse uma marionete conduzida ao acaso por quem estivesse por perto, e ele tinha apenas 23 anos. </div><div style="text-align: justify;">Segundo relato de sua mãe Josué desde 08 anos tivera uma crise convulsiva e desde então passou a ter delirios, a falar sozinho e com tendencias ao isolamento. Aos 12 anos sofreu abuso sexual por parte de rapazes na escola e nunca conheceu uma mulher, sempre fora arredio e solitario socialmente. Nessa epoca vivam numa sobrado pelas bandas do Pelourinho, lugar estranho de energia morbida, onde sentiamos ate medo quando passavamos por lá. Antes dos 12 anos ele era um garoto esperto, conversador, tudo perguntava de uma curiosidade sem fim, e há quem diga que foi por conta dessa curiosidade que se tornou o que é hoje.</div><div style="text-align: justify;">Quando questionei a uma psiquiatra amiga o porque do Josue sorrir tanto quando caminhava de um lado ao outro sem nenhum destino e em meio a esta sua andança gesticulava sem parar, ela simplesmente respondeu-me, ele estava ouvindo inumeras vozes e precisa contracenar com essas vozes para que sua locura não o leve ao caos...Cá pensei: mais caos, e que caos ela ta se referindo? Josue nao tem vida, a vida como conhecemos, o que ele vive temos uma pseduo ideia, de delirios infintos, de sonhos e pesadelos horriveis, criações de uma mente funesta e desumana, que caos ainda sofrerá o Josue.</div><div style="text-align: justify;">Todos os dias pensava naquele rapaz, e cada dia que o via, sentia o quanto eu era tenue e nada parecia poder fazer para ajuda-lo, a nao ser contar com minha fé de que um dia ele encontraria o caminho da lucidez e se tornaria um homem sensato, amigo como todos os rapazes de sua idade, por hora me limitava a desejar que logo esse dia chegasse. </div><div style="text-align: justify;">Numa quarta-feira de muita chuva dessa que o ceu fica totalmente enegressido e de raios que podia se perceber atraves da janela de vidro, a mãe de Josue entrou na sala parecendo uma doidivana, cabelo molhado, como um pinto fugindo da chuva. Agarrou-se a mim e falou: " Dra. Josue fugiu a dois dias, ja procurei por todos os lugares, ate no IML, e nao o encontrei...me ajude Dra." Naquele momento me dei conta da nova realidade do rapaz e inerte minha mente vagou por toda a Salvador na esperança de encontra-lo. Nunca mais soubemos noticias e eu depois dos seis meses, imagino um Josue feliz, longe da sua sina insana de louco e caotico, um Josue liberto do mal do seculo: liberto da Locura!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-ndWgoZE-NIQ/TqcsjPJKj_I/AAAAAAAAAIw/ISW3xLmww0I/s1600/th_caos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" ida="true" src="http://3.bp.blogspot.com/-ndWgoZE-NIQ/TqcsjPJKj_I/AAAAAAAAAIw/ISW3xLmww0I/s320/th_caos.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-87697302480723597482011-10-17T16:25:00.000-07:002011-10-17T16:29:35.232-07:00Um cachorro de outro mundo<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-YF7UzaI5tb0/Tpywg7FSyOI/AAAAAAAAAIo/a21MIwF5WtQ/s1600/enzo2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" src="http://3.bp.blogspot.com/-YF7UzaI5tb0/Tpywg7FSyOI/AAAAAAAAAIo/a21MIwF5WtQ/s320/enzo2.jpg" width="320" /></a></div>Não sei nem como começar , mas tudo tem que ter um começo e em consequencia um fim...Assim a 4 anos e 2 meses atras, chegou a minha casa uma coisinha pretinha com uma mancha no peito branquinha, que dormia sem parar e nunca foi de uivar a noite, ficava quietinho. O tempo passou e ele foi crescendo, a de quem falo: do ENZO, o meu cachorro uma mistura de poodle com dachshund e que na sua infancia aprontou como qualquer chuorrinho (expressao de maneira carinhosa que o chamava) roeu sapato, derrubou plantas, subiu em cima da cama , do sofá, fez coco e pipi onde nao deveria, um cãozinho docil, que acenava o rabo quando amigos chegavam e a todo instante mostrava para nós como um simbolo de alegria. Sempre achei que meu caozinho era feliz, embora nao o levasse muito a passear, mas quando adoecia, eu me virava nos trinta para dar uma boa assistencia, pagava vacina, levava para o salão, davamos banho e sempre na hora que ele percebia, corria para debaixo da cama. A esse lugar debaixo da cama o preferido, principalmente se fazia algo inseperado, ruivava e pimpa..la estava ele debaixo da cama, quando o ralhavamos punha o rabo debaixo das pernas e se enfiava debaixo da cama. Era sua maneira de se mostrar ao mundo, de se fazer amar pelos seus donos, as peripecias de Enzo, muitas vezes nos faziam sorrir e em outras nos tiravam do serio, e partiamos para a grosseria, é, Enzo sabia..e la fugia para debaixo da cama. E debaixo desse movel, encontravamos diversos objetos, meias, copo de yorgute, osso, papelão, folhas de jornal e de papel, sei la o que ele fazia com isso, no minimo mastigasva para comer, nunca vi cão guloso, mas não era por ração, mas sim coisas que humano comia que ele adorava. Sabiam voces, que ele tomava cerveja, pois é e adorava, nao resistia quando via um copo no chao.Não posso dizer se ele gostava de criança, sei que ele se esparramava no chao quando alguem ia tocar na sua cabeça, nunca vi nenhuma criança o maltratando porisso nao sei qual seria sua reação caso acontecesse algo diferente, o que sei é que se pisasse no seu rabo ou em cima dele ele ronasva e parecia que ia morder, e se dessse ele mordia mesmo.<br />
Sempre que viajava e deixava na casa de amigos, estes sempre me diziam que ele nao comia nos primeiros dias, depois começava a nova rotina, de todas as casa por onde passou sempre foi muito amado, mas os filhos de minha amiga Ana Claudia nossa, foi amor a primeira vista, Enzo adorava as saidas de manha para passear. Mas porque tanto falo desse cachorro, porque ele era super inteligente, e só faltava falar, nunca esqueço o seu olhar, era como se aquele cachorro fosse de outro mundo, mas como disse no começo tudo tem que ter um fim, e o dele foi SUMIR, viu uma porta aberta na casa de uma amiga e se foi...e deixou meu coração num grande arrazo. Agora fico pensando tantas coisas absurdas e relembrando os momentos mais lindos que vivemos juntos. Enzo aonde estiveres saiba que sinto muitas saudades e a cada dia que passa mais certeza terei que nao vou ve-lo mais, e que tudo que compartilhamos foi de mais pura emoção e amor, amor pelo peludinho do outro mundo. Te amo!!!<br />
</div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-74881990438743371342011-03-18T11:43:00.000-07:002011-03-18T12:28:44.101-07:00UM DIA DE CÃO<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh4.googleusercontent.com/-Z6hKJfbBbr0/TYOpZVczYoI/AAAAAAAAAIc/sdq1f11Myfk/s1600/ilha-do-tesouro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" r6="true" src="https://lh4.googleusercontent.com/-Z6hKJfbBbr0/TYOpZVczYoI/AAAAAAAAAIc/sdq1f11Myfk/s320/ilha-do-tesouro.jpg" width="236" /></a></div><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> <span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> </span></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Existem momentos que sufocamos dentro de nós como se fossem meros equívocos. A vida não é constituída de apenas um dia após o outro, um amanhecer ou um anoitecer, mas de liberações plena de uma consciência de existir no mundo. Meditações, as vezes se faz necessário para que possamos suportar estágios de vidas que nos deixam infelizes. A mente e a inteligência vivem de mãos dadas nos conduzindo a teorias sobre nossa meta existencial, procurando nos dar um pouco de felicidade nessa efêmera existência. </span></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Diz Joseph Conrad “o espirito de um homem é capaz de tudo, porque tudo está nele, todo o passado e todo o futuro, como nosso presente”. O que Conrad admite é que existe uma determinação das coisas que estão para acontecer, assim sensações de amor, solidão, saudade estão pré-determinadas de alguma forma no espirito, e ele tem consciência de todos os acontecimentos, passado, presente e futuro.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Para muitos é típico dizer que todo o futuro é perigoso, se avançamos demais, julgamos que jamais nos adaptaremos, imaginamos que nossos sentidos são por demais arcaicos para nossa existência. Pessoalmente tenho visto crianças e jovens demasiadamente cansadas para viver, caminhando na ociosidade,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>empurrando a própria vida, que muitas vezes chego a pensar que eles não existem. Por causa disso me pego numa imbatível elucubrações sobre o sentido real da vida. Muitas vezes fico impressionado por imaginar que ela não tem sentido real, e como um rato procuro um motivo obvio para a sobrevivência da raça humana e particularmente a minha vida.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Através da janela do meu quarto, posso ver os carros num continuo movimento, o CD de Maria Bethania em cima da estante, expõe sua foto, ela tem traços fortes, coesa, capaz de se fazer penetrar nos mais puro dos corações, com sua voz inconfundível e eloqüente. Temos necessidade de ouvir palavras fortes através da musica, pois somos homens cépticos, que vivem se empurrando uns contra os outros, numa luta imbatível contra o inevitável: a morte.</span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> <span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Velhos marinheiros como eu, que não tem família, destino, referencial para chegar, para expor-se ao outro, sente a liberdade plena, somos livres individualmente, não numa liberdade inventada, destituída de destinos, somos seres que não se acomodam, buscam seus objetivos, embora pareça ao contrario aos olhos dos outros, que nossas roupas ou maneira de ser demonstrem que não conseguimos bens materiais, que tão comumente somos obrigados a buscar. Nossa liberdade estar pautada nas virtudes da paciência, do amor, da abnegação e da humildade, é isso que denominamos de bem maior. E o desenvolvimento dessas virtudes é que nos leva para a conquista desses bens espirituais, o verdadeiro bem na vida.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">O transito barulhento, o vai e vem das multidões que caminha sem destino, um casal de namorados trocando caricias mais intimas no jardim da praça, um velho cego a mendigar, visto daqui de cima do meu quarto, mostrava-me a diversidade humana em meu campo de visão.</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Velhos Marinheiros, como eu, até arriscam ser cristão, aquele velho cego, com certeza tem algo parecido comigo, ambos viviam sós e desprovidos de bens materiais.</span></span></span></span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> <span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></span></span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Desci a escadas do prédio onde residia, em menos de meia hora estava em frente ao porto, estava com muita fome. Aristeus, outro velho marinheiro o chamou, ele varria o velho barco Juaguarema, que parecia cair aos pedaços, obedecendo ao chamado caminhou ao encontro do velho amigo e daquela banheira o qual chamava de barco. Na cozinha do barco o velho Aristeus dividiu sua comida, que nada mais era um pouco de arroz com sardinha e tomate. A pinga acompanhava a charuteada antes de ingerir qualquer comida, aquele velho fazia disso um hábito. Seu charuto era o melhor do porto, ele os contrabandeava diretamente de Havana, negocio antigo que o sustentava. Sempre que vinha a esta cidade e a esse porto, ia vê-lo, conversavam bastante, e sempre que podia dava-lhe conselhos para que abandonasse o contrabando, entretanto ele sempre dava uma desculpa esfarrapda e continuava na mesma vida. Naquele momento, vendo aquele velho sentiu medo de um dia acabar como ele. Seu jeito relaxado, sua barba branca, seus olhos azuis e uma barriga imensa que lembrava papai noel.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></span></span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 18pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Amanhã, irei levar a muamba até o velho cais, estou precisando de homem para o serviço, então pensei <personname productid="em voc↑. Sei" w:st="on">em você. Sei</personname> que andas duro, o dinheiro das férias já se foi, e ainda falta muito tempo para o recebimento de um novo salário, além de tudo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>você conhece a transação, já fez isso outras vezes. Será uma ótima oportunidade, e você tira essa barriga da miséria até o próximo salário. Topas? O que achas da proposta?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 18pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Não sei não, tudo é muito perigoso. Ainda tem o problema da mercadoria, não sei se é perigosa.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 18pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Nada de tão perigoso. São perfumes, charutos e dez quilos de maconha. Aceita cara, vai ser mamata.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 18pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Estar certo, vou te ajudar.</span></span></div><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">- O.k., então nos encontramos as 23 horas no velho cais</span><br />
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; mso-spacerun: yes;"> <span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Deixei aquele barco, com uma preocupação, talvez seria melhor desistir de todo esse jogo sujo, pela primeira vez iria trabalhar de forma desonesta, conhecia o mercado porque sempre observava e tinha amigos que participavam de falcatruas, e sempre que era convidado mas resistia, agora entretanto não sabia ao certo porque tinha aceitado, iria ferir os seus valores morais, mas sentia-se momentaneamente atraído pela aventura de um suposto perigo. Realmente o velho em certo ponto estava certo, seu dinheiro tinha acabado, e como iria sobreviver por mais de um mês? Um biscate no porto é quase impossível, principalmente na sua idade, já não tinha o físico adequado, a sua musculatura já não era a mesma. Era preciso arriscar, e se a grana fosse muito boa, poderia pensar em economizar e quem sabe no futuro, montar algum negocio que o pudesse mais tarde com a aposentadoria sobreviver adequadamente</span> .</span></span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> Aquela noite estava estrelada, o porto enfumaçado, com um nevoeiro a mostra que dava-lhe um aspecto sinistro, de terror e morte. Alguns marinheiros jogavam cartas perto de um boteco, ao longe ouvia-se musicas como Jazz e Blues. O velho Aristeus fumava seu charuto, parecia um tanto apreensivo, olhava insistentemente o relógio. A velha <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">banheira com o motor ligado esperava pela minha presença, era necessário dois homens para o trabalho, por se tratar de uma grande encomenda, muita mercadoria, mas a grana maior vinha do trafico da maconha. O Juaguarema navegava até um pequeno Iate distante na costa. Aristeus com seu charuto vez por outra dava uma baforada, observava o movimento no porto, que ficava cada vez mais distante. Ao leme eu, velho marinheiro, fazia minha lição perfeitamente, navegava com aquela banheira velha, temendo que aquela aventura acabasse mau. A luz que vinha do Iate iluminava o mar a medida que aproximavam-nos, podia-se ouvir o som das ondas a debater-se no casco do barco. Alguns homens esperavam na proa e assobiavam uma velha canção do mar. Um homem alto com enorme bigode, parecia ser o chefe, falava alto dando algumas ordens.</span></span></span></span></div><div align="justify" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Trouxeram a mercadoria? </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> <span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Gritou Aristeus, jogando a corda para que os homens pudesse amarra-la em algum lugar. O homem respondeu positivamente, mas era necessário ir até o chefe que esperava na ponta da costa numa ilha, e ele queria com urgência. Num mesmo instante alguns homens transportavam com facilidade toda aquela mercadoria para o velho barco, nos olhavam desconfiados, com se tivessem certeza que poderíamos denunciá-los. Entretanto estava eu, tornando-me um igual a eles, mas que o destino e minha opção tinha mudado todo o percurso de minha vida, mas havia certa confiabilidade, mesmo porque estávamos na mesma situação, encrencados. Repentinamente lembrei-me de Carlito, era um jovem amigo, que me chamava de guru, pela maneira como vivia e como falava sobre a vida, um belo guru tinha me tornado, metido com contrabandistas. Como poderia me designar espiritualista, esotérico, capaz da meditação que sempre preenchia minha vida existencial? Como poderia encarar-me, podia até parecer fisicamente com um guru, mas ser, era algo agora impossível. Diziam que a meditação é algo capaz de tornar o ser muito supremo, que pode-se chegar até Deus, muito facilmente, agora eu tinha a impressão que não conhecia a mim mesmo, ali surgira um eu diferenciado, capaz de fazer o mau, como se uma nova personalidade se apropriasse do meu corpo, e que eu não a conhecia.</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">O barco Juaguarema seguia agora ao seu destino, algum ponto de uma ilha, um desconhecido esperava por sua carga e com ordens para o seu destino final. Aristeus parecia contente, feliz da vida que levava, parecia ser a primeira operação sem grandes problemas ou complicações, cantarolava uma musica e vez por outra falava do suposto chefe ao qual íamos ao encontro daqui aproximadamente umas duas horas. Meu coração apertava a cada minuto que o tempo passava, parecia que não conseguia chegar até o fim daquela história. </span></span></span></span></div><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> </span></span></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Então, velho amigo, amanhã terás um bom dinheiro para gastar e guardar se quiseres.</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 21.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Você nem imagina como estou arrependido, nunca imaginei que pudesse a cometer esse erro. Logo eu cheio de valores.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 21.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Não se recrimine amigo, o que estar feito estar feito, mas convenhamos você precisava de ação e de dinheiro na sua vida, de mais a mais será apenas uma vez, e pronto. Não se puna.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 21.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Esse é meu medo, que seja apenas uma febre inconseqüente, e Deus queira que não se torne um hábito, e sinceramente já espero que Deus me perdoe pelo pequeno deslise, pois eu mesmo já havia me condenado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A ilha parecia deserta, o barco ancorou e o Aristeus pediu sua ajuda para descarregar a muamba, o estranho era que na praia não havia sinal de uma viva alma, aquilo de certo modo me inquietou, mas descarregamos toda a mercadoria na areia, e o velho amigo saiu com sua lanterna na mão a procura de alguém, emitindo um código através da sua lanterna, expressando<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nessa linguagem que tudo estava bem aos contrabandistas. Silêncio total, aquilo cada vez mais inquietava-me, a ilha parecia totalmente deserta, insistentemente Aristeus continuava emitindo seus sinais luminosos, deu alguns passos, quando ouviu uma voz firme, que gritou bem alto:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 21.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">O Sr. estar preso, é a policia. Não tente nada precipitado.</span></span></div><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"></span><br />
<div align="justify" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Ao ver aquela cena à distancia, imaginei do que se tratava, rapidamente corri para o barco e liguei o motor, distanciando-me da praia, naquele momento só pensava em salvar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a minha pele, ouvi ao longe som de tiros disparados, e vi alguém correndo na praia, não<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>podia ter certeza, mas parecia o velho amigo e logo em seguida<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o corpo caia ao chão. Entretanto imaginava que tudo aquilo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fosse um sonho e que o velho amigo estaria em algum lugar a salvo. Daqui a pouco estaria a salvo no porto, e toda aquela aventura seria um fato do passado, dando-me a certeza definitivamente que o crime não compensa, prometia a mim que este seria o ultimo ato indigno que cometeria, e amanhã<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sairia pelas ruas, veria as vitrines, olharia as mulheres bonitas, minha liberdade estava preservada. O que não conseguiria esquecer seria o rosto do velho Aristeus e seu triste fim.</span></span></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-2680801094785974692011-02-01T18:12:00.000-08:002011-02-04T12:50:47.550-08:00CONSTATAÇÃO<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TUjBKOO_U1I/AAAAAAAAAIQ/kLm3FPuU_So/s1600/por+do+sol.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TUjBKOO_U1I/AAAAAAAAAIQ/kLm3FPuU_So/s320/por+do+sol.jpg" width="320" /></a></div>O que descrever desse sentimento que doí na alma, que mostra minha fragilidade diante da vida?</div><div style="text-align: justify;">E o que é viver? Não compreendo, parece que são ações da vida diária, ações banais...são meros atos? Que atrelados a eles, as estas atitudes estão uma energia invisível quem dita as açoes, que impulsiona a resolutividade do que desejo, e de como quero existir. É como se fosse um gás, como a energia vinda dos fios ate o abajú da sua casa, ela que determinará o brilho da luz que ele reproduzirá.</div><div style="text-align: justify;">Acordo de mal humor ou será tristeza exagerada, não diria de mal humor, porque não trato ninguém mal no tanscorrer do dia, e nem fico com a cara de boi bravio a ponto de atacar o toureiro na arena. Na verdade é a tristeza, ela que vem me rondando a dias, que me faz repensar no meu agir, na minha vida e no que estou fazendo com ela.</div><div style="text-align: justify;">Muitas pessoas não curtem a tristeza, eu diria que sou o avesso a essas pessoas, porque na tristeza, é que posso enxergar-me claramente, posso ver o mal que faço a mim e que permito que façam. Só ela é capaz de me conscientizar de que nada está certo, que é preciso mudar, levantar a cabeça, olhar para frente, e sentir que na vida ainda há esperanças, sim, esperanças de ser feliz, de sentir o que tanto tememos o AMOR. Não falo de sexo, de coito, falo de amor, uma coisa inexplicável e magica que invadi o espírito e quando menos se espera está lá. Inexplicavelmente sorrimos, falamos com todos, vemos a cor de cada raio de sol e nos dias chuvosos amamos o cheiro da terra molhada e de toda a chuva que cai. Dai ouvimos o que dizem por ai : ei..voce o que aconteceu? voce ta de bom humor hoje. Na verdade voce conseguiu sair do seu cotidiano, da sua rotina, com apenas uma centelha dessa energia, que cá entre nós é tão difícil de ser retida...</div><div style="text-align: justify;">Hoje posso dizer que estou num estado de tristeza, e esta faz com que eu repense minha vida, minhas emoções que prezo tanto, e de quanto admiro a força interior que possuo para continuar, para não desistir, de criar mais e mais afeto, mesmo que o umbral esteja ali a minha porta.</div><div style="text-align: justify;">Quero expressar uma pequena cena vivida agora a tarde por mim, não sei se é relevante contar, mas estou com vontade e faço tudo pelo impulso, sou movida por ele, um grande defeito meu, afinal quem não os tem? Isto não significa que queira justificar, mas apenas constatar e quem sabe mudar isso. Como dizia, estava resolvendo um problema de trabalho, algo grave e serio , que dependia de mim, após todas as providências tomadas, já indo embora, a mãe desesperada que encontrava-se comigo, a qual eu estava tentando resolver um dos seus problemas, me disse a seguinte frase: " se acontecer algo comigo, voce promete tomar conta do meu filho, de orienta-lo, eu confio em voce", inquirir: nada vai acontecer com voce, e tenho certeza que tudo se resolverá. Me despedi e fui embora, mas aquela cena e aquelas palavras me perseguiram, ainda estão aqui na minha cabeça. Pensei, então, será que ela vai fazer algo insano? Deus permita que não, mas esta senhora tem vivido muito sofrimento e na sua condição, alguém fraco já teria dado um fim a tudo. Por outro lado, penso porque Deus mandou esse recado para mim, afinal o que terei de fazer. Não sei mesmo...</div><div style="text-align: justify;">Tenho tentado repensar tudo e escolher o melhor para mim, ouço opiniões, mas tenho certeza que somente aquela que falara do fundo da minha alma, será a resposta correta.</div><div style="text-align: justify;">A Deus peço sabedoria, discernimento e AMOR, afinal apesar da idade, me sinto tão pueril e sem saber como conduzir minha vida, mas sei que a resposta virá e o que sinto agora nestes dias serão o alicerce do meu amanhã.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TUjBPoRqY6I/AAAAAAAAAIU/lwRUjjzqCkk/s1600/p_floresta-cores-japaeo2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TUjBPoRqY6I/AAAAAAAAAIU/lwRUjjzqCkk/s320/p_floresta-cores-japaeo2.jpg" width="320" /></a></div></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-32102043548238414372011-01-21T06:17:00.000-08:002011-02-04T13:10:34.079-08:00A ESPERA<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TTmVfEjqMfI/AAAAAAAAAIM/Nq6u802ru74/s1600/il-grande-bar-2001+aberto+sughi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" s5="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TTmVfEjqMfI/AAAAAAAAAIM/Nq6u802ru74/s320/il-grande-bar-2001+aberto+sughi.jpg" width="272" /></a></div><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">As estrelas brilhavam no céu escuro e no silêncio da noite meu corpo débil gelava ante o frio da madrugada. Não conseguia dormir, era comum a insônia naquela época de verão, e o consciente forçava minha mente à meditação e recordações na solidão do meu quarto. Ao longe podia-se ouvir o murmúrio das ondas do mar debatendo-se nas rochas. A noite, o coração anima os sentidos e geralmente nos sentimos inclinados a recordações, porém o corpo agonizava por um sono perfeito, mas a mente teimava em emitir imagens sem significação real, levando a um certo medo. Naquela hora, alguns homens rudes deviam estar em alto mar, desafiando a vida e o mar bravio para levar as suas famílias algo que comer e eu inquieto não conseguia dormir. Resolvi então, tomar um sonífero e logo o sono me venceu. Sonhei naturalmente, vivenciando algo tão real, naquelas imagens: estava a andar por um bosque imenso, um grupo de guerrilheiro conversavam, quando perceberam-me e logo começaram a perseguir-me, eu fugia, tinha medo que me matassem, em determinado momento percorri túneis estranhos e intermináveis, caindo num enorme buraco sem fim, acordando naquele exato momento, sentindo todo o meu corpo suado e cansado, o dia estava amanhecendo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Fiquei parado na cama, pensativo, por alguns segundos, logo espriguicei-me, tomei um banho, vesti uma roupa e deliciei-me com um bom café, saindo <personname productid="em seguida. Atravessei" w:st="on">em seguida. Atravessei</personname> a rua, sentindo certo frio, ainda era cedo. Um ônibus se aproximava, subi e sentei-me a esmo, estava parcialmente vazio. Percebi que as pessoas possuíam um semblante cansado e de evidente solidão. Da janela observava a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>paisagem,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o mar era tão lindo e constante do lado de fora . Lembranças do passado atormentavam-me, amava Licia, sua maneira de ser, de falar sem medir as conseqüências, seu jeito meigo, de voz terna, sensível, com todos os predicativos que animam os apaixonados. Sorrir ante a lembrança daquela mulher. As ondas no mar deliciosamente chegava a areia como se fossem pétalas caídas em um jardim. Senti uma enorme vontade de descer do ônibus e tocar os pés naquela areia, e assim o fiz. Aquele cenário matinal contagiava minha alma, inclinando-me a poesia e ao relaxamento espiritual, a uma melancolia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que só é acometida pelos que encarnam o amor, num romantismo sedutor, evidenciando o quanto minha energia feminina era presente e forte. Como uma miragem Licia apareceu na praia, minha mente desgovernadamente comandava minha vontade e repentinamente corri ao encontro daquele vulto, tocando seu braço com força, surpreentemente aquela pessoa que via o rosto de Licia, era nada mais nada menos que uma velha amiga do ginásio, que assustou-se com a minha atitude, não compreendendo porque eu a segurava com tanta força. Pedi, imediatamente desculpas, que ela gentilmente concedeu. Deixei-a um tanto pensativa, e em seguida deitei meu corpo ofegante naquela areia, sentido o prazer de estar naquele lugar , aquela hora. Por uns momentos fiquei meio zonzo, e meus pensamentos novamente levaram-me a Licia, minha Licia. E logo versos poéticos surgem em minha lembrança: ...</span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">”Cada esquina de qualquer cidade...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Te vejo</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Aonde quer que eu vá</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Permanentemente nos meus olhos tu apareces</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Como se fosse durar toda uma eternidade</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Em cada bar que eu sente,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Onde eu peça bebida, logo sinto o teu cheiro</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Na minha casa, no meu quarto</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Lendo um livro ou a meditar</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Quando corro, quando choro</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Quando sorrio</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">É tu que percebo na minha mente</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Ou até mesmo quando as estrelas cintilam</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Longe ao céu</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Ou quando a lua desponta mágica</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">No enorme<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>horizonte</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">É tu que invade meus pensamentos</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">E me retém...”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Desperto daquele transe,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>volto a caminhar pela praia, entristecido com a realidade. Mas tinha que continuar a vida, voltar ao trabalho. Descobriu que estava perto do escritório e poderia ir caminhando até lá. Seu escritório, uma pequena sala, um tanto úmida, alguns papéis sobre a mesa, junto ao retrato de Licia, podia ainda ver a carta de despedida. Senti certa angustia e naquele momento não pude controlar uma lágrima rolada. Ela o tinha abandonado, dissera que estava apaixonada por outro e que nunca o amará, que não teve culpa por sentir-se atraída por Rogério, assim que o viu, pedia para que ele entendesse e não guardasse mágoas. Já<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>havia passado 01 mês, e a presença dela ainda era forte na sua vida. Não conseguia trabalhar adequadamente, e a idéia de férias a cada dia lhe perseguia. Sentou-se na poltrona, fechou os olhos e a mente o levou a um lugar cheio de eucaliptos, onde o vento balançava seus galhos e o sol declinava-se naquele vale. Alguns metros e lá estava um córrego cristalino, onde podia-se ver<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>peixes a nadar. Ao redor da mata de eucaliptos exalava um aroma agradável, e uma vontade de viver penetrou em sua alma. Despertou daquela magia com o som do telefone. Um cliente, lembrava-lhe o compromisso, daqui a algumas horas teria um almoço para fechar mais uma venda. Trabalhava com imóveis, montara um pequeno escritório e este ultimamente lhe rendia uns bons dividendos, nunca imaginara que em menos de dois anos pudesse comprar o seu próprio apartamento, e logo compraria um carro. Chegou aquele cidade aos 18 anos com a idéia fixa de vencer, de fazer valer todos os esforços que seus pais haviam depositado em si, e que de alguma forma precisava retribui. Terminou o 2º grau, e fez o vestibular para Direito, não conseguindo aprovação, mesmo assim não desistiu, fez cursos de informática, começou a procurar emprego e estudava em casa até tarde da noite. Tinha <personname productid="em mente Ter" w:st="on">em mente Ter</personname> nível superior, precisava mostrar a seu pai, sentia prazer em dar certo orgulho aquela criaturas que tanto se sacrificaram para que estudasse em bons colégios e lhe dado uma educação adequada. As vezes<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>questionava<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>as<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>metas que havia traçado para si, e se este propósito lhe levaria realmente a algum lugar. Lembrou-se então, de um artigo lido certa feita,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que permite certa reflexão: </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">... Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nove<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>participantes, todos com deficiência mental e física, alinharam-se para a largada da corrida dos <metricconverter productid="100 metros" w:st="on">100 metros</metricconverter> rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de terminar a corrida e ganhar. Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto caiu rolando e começou a chorar. Os outros<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Sindrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">“Pronto vai sarar”.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">E os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. O que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 3pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Agora, novamente só, entre os papeis da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mesa, e com um enorme vontade de fugir das experiências profissionais, arejar, descobrir novos lugares, conhecer novas pessoas. Era isso que iria fazer, após o almoço, assim que terminasse de fechar mais uma venda, iria para casa arrumaria a mochila, levaria pouca roupa e descobriria esse Brasilzão, deixaria para escolher a cidade no aeroporto. <span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um mês havia se passado, e Ouro Preto era uma cidade muito linda, lembrava o século passado, uma magica maneira de viver que deixava deslumbrado. Amanhã pegaria um ônibus para BH, desde que chegara no estado de Minas, sentia-se atraído por conhecer essa cidade. A noite, como era seu costume, foi ao bar tomar um drinque antes do jantar, naquela noite a lua cheia encantava as ruas e alguns violeiros tocavam<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma música muito romântica. Observava a lua e as estrelas, quando uma voz muito doce encantou o lugar, chamando sua atenção.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 21.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Sr. Leocadio, por favor o drinque de sempre.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 21.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Sim, senhorita Laura. Como foi a viagem? E BH, continua movimentada?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 21.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-list: Ignore;">- </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Tudo normal, a faculdade é que me cansa muito, ainda bem que esse feriado vai dar para relaxar um pouco e nossa cidade tem muita paz.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 21.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Aquela voz daquela linda mulher, fez com que meu coração d</span><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">isparasse, enfeitiçando </span><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> minha </span><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> alma. Cresceu em mim </span></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">uma </span><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> enorme vontade de tocá-la e misteriosamente fui conduzido até o bar. Sabia que de alguma maneira procuraria tentar um dialogo, e </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">teria que vencer a timidez. Sua forma sensual, me impulsionavam a não desistir e ir <personname productid="em frente. Pela" w:st="on">em frente. Pela </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">primeira vez, depois de alguns meses da separação senti certa atração por alguém, era a primeira </span></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">vez que meu coração disparava ante a presença de uma mulher que não fosse a Licia. Agora, tinha </span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">certeza, que poderia ser feliz novamente.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TTmVUr1mFpI/AAAAAAAAAII/E_CNrzufrL8/s1600/bares10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" s5="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TTmVUr1mFpI/AAAAAAAAAII/E_CNrzufrL8/s1600/bares10.jpg" /></a></div><div align="justify" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-30326974659313102032011-01-11T10:34:00.000-08:002011-01-11T10:34:32.178-08:00A LUZ DA ESPIRITUALIZAÇÃO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSyh7LpmhbI/AAAAAAAAAIE/KsigtAixAr8/s1600/134729415.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" n4="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSyh7LpmhbI/AAAAAAAAAIE/KsigtAixAr8/s1600/134729415.jpg" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> <span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tudo que tenho escrito, tem um simples propósito que é o da reflexão, através de histórias e estórias singulares acerca do ser humano e suas limitações , seus desejos, medos e incompreensões tão inerentes em nossa alma. Entretanto nesse momento me sinto limitada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para escrever sobre alguém, alguém que em boa parte de sua vida foi dedicada a dar alegria aos seus semelhantes através da arte musical de uma invenção frenética utilizada em tempos de carnavais: o trio-elétrico.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Conheci Osmar Macedo, em 1980, na época estudava parapsicologia, tentava entender a alma do homem e seus fenômenos tão surpreendentes quanto incompreensíveis, os distúrbios da mente como a dupla personalidade e fenômenos extra sensoriais um tanto comum, mas de difícil explicação ou de uma coerência racional. A clinica a qual conduzia aquelas experiências, pertencia a Dr. Eliezer Cerqueira Mendes, situada no Garcia, um dos bairros de Salvador. Várias pessoas frequentavam, eram chamados de sensitivos, entre eles Hebe, que desenvolvia uma personalidade inteiramente estranha quando em transe hipnótico, alguns momentos dizia ser uma índia, entoava cantos e tinha uma linguagem selvagem, em outras ocasiões era uma cigana espanhola. Hebe, esposa de Osmar Macedo, inventor do trio-elétrico, músico e compositor.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> A parapsicologia é um novo ramo da psicologia, que como afirmei anteriormente estuda fenômenos de natureza estranha ao racional humano, são forças ‘ocultas’ manifestada no homem. Toda aquela fenomenologia evidenciada nas sessões hipnóticas, chamava-me muito minha atenção, despertando uma enorme vontade de conhecer mais e mais àquele respeito. Era importante que mantivesse um conhecimento com aquelas pessoas manifestadas, mas não tinha idéia de como poderia chegar até aqueles sensitivos, <personname productid="em especial Hebe" w:st="on">em especial Hebe</personname>, que até então não tinha a menor idéia de quem se tratava. Entretanto a vida nos reserva muitas surpresas, assim um dia sem nenhuma explicação, meu pai convidou-me a passar um dia na casa de uma pessoa que tinha certos poderes e que poderia me ajudar nas manifestações que havia se passado comigo, e que eu não tinha explicações lógicas para o fato, e que essas manifestações jamais tornariam acontecer caso seguisse certo ritual. A curiosidade falou mais alto e fui aquele local. Não sabia o que iria acontecer e de quem era de fato aquela casa. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Destino ou causalidade me levaram a conhecer Hebe, Osmar Macedo e seus filhos. Aquela aproximação me levaria a conhecimentos importantíssimos, como também a um crescimento interior e amadurecimento do meu próprio ser. </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Naquele dia , nada do que imaginava encontrar aconteceu, meu pai tomava cerveja com Osmar e Hebe, enquanto eu e sua filha nos deliciavamos na piscina, mergulhando e brincando animadamente, na maior descontração. Meus problemas e suas soluções ficariam para mais tarde ou talvez um outro dia. Minha faculdade sensitiva poderia esperar,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para que pudesse desenvolvê-la adequadamente, isso se eu quisesse de fato. Particularmente, depois de ter vivenciado episódios que desencadearam<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sensações estranhas que Dr. Eliezer, afirmava ser<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>faculdade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sensitiva desenvolvida por mim, e que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>alguns espiritas afirmavam ser a mediunidade.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Naquela casa, naquela piscina, aquela suave sensação de prazer desencadeara em mim, a certeza de já ter vivido com aquelas pessoas em algum momento de minha vida, ou até mesmo uma premunição do futuro, vivenciada em meus sonhos. Essa faculdade de conhecimento do futuro, estudada na parapsicologia, já comprovada cientificamente, através de fatos reais mensuráveis. Um exemplo famoso foi do naufrágio do navio “Titanic”, acontecido na noite de 14 para 15 de abril de 1912. O Sr. J. O’Connor<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tinha reserva de passagem para si e para sua família, mas , uns dez dias antes da data destinada à saída do navio, O’Connor sonhou com a quilha do navio ao ar e a bagagem dos passageiros flutuando ao redor. Assustado, não contou para sua família, entretanto o sonho se repetiu na noite seguinte. Procurou saber se havia possibilidade de retardar sua viagem, com a confirmação da América, decidiu dar ouvidos ao sonho e mandou cancelar sua reserva no “Titanic”. Pode, então contar o sonho aos amigos, como uma explicação ao cancelamento da viagem. Não queria correr riscos, uma vez que a viagem não era urgente. O caso foi referido pelo próprio protagonista à Society for Psychical Research de Londres. Além disso foi apresentado por escrito o testemunho de seus amigos, como também a apresentação dos passaportes e as reservas das passagens. Assim ficou evidenciado que de certa maneira algumas pessoas possuem sensibilidades incomuns.</span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A amizade com a família Macedo se consolidava, participava de algumas manifestações da cigana espanhola, uma das personalidades intrusas manifestada por Hebe, e de momentos com a índia. Tudo era muito fascinante. Osmar não participava das reuniões, sempre ocupado às voltas com sua música. Ele criou o trio-elétrico em 1950, junto com o amigo Dodô, naquela época eles saiam em uma fubica eletrizante, com o passar dos tempos foram evoluindo e hoje, o trio-elétrico<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é uma marca no carnaval da Bahia. Osmar Macedo sempre gostou de música, e desde os 12 anos tocava e criava canções, como muita humildade diz: “eu não sei muita coisa, ainda tenho muito que aprender”. Com mais de 60 anos ele distribui muita energia e calor humano, sempre contagiando às pessoas que o cercam e de modo especial o povo baiano em tempos de carnaval. Homem simples, em nada orgulhoso, pai de dois filhos do 2º casamento, possuindo uma família harmoniosa.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Continuava a freqüentar à clinica , as sessões de relaxamento e disciplina da mente, aquietara minha vontade voraz de conhecimento. A amizade com Hebe e Rita que de vez enquanto freqüentava à clinica consolidou-se. E sempre que podia, ia até sua casa ouvi-la a tocar alguma música no piano, como o pai ela tinha o dom para aquela arte, o tempo e sua própria disciplina ia mostrar a todos sua capacidade. Na clinica continuávamos com as experiências. Certa vez tentamos fazer uma regressão com um dos sensitivos, e este aos poucos foi relatando fase por fase vivenciada, até a saída do útero, a libertação, depois seu retorno a uma época passada, as suas dores e alegrias. Era sempre um momento de grande tensão, e Dr. Eliezer estava sempre presente, dando o suporte no que fosse necessário.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O tempo passou e as experiencias continuaram até que um dia a<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> noticia de que a clinica fecharia, e que Dr. Eliezer retornaria a S. Paulo para lá continuar suas investigações, deixou a todos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>entristecidos,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>não </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">mais poderíamos nos reunir e discutir sobre tudo que nos parecia anormal e que tínhamos dificuldades <personname productid="em explicar. As" w:st="on">em explicar. As</personname> experiências em casa de Hebe, também com o tempo não mais aconteceram, e um dia minhas idas foram escasseando, até não mais existirem. </span>Todas essas experiências proporcionaram um real<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>crescimento interior resultante de uma energia positiva desprendida no percurso de toda aquela investigação cientifica. Alguns desses resultados estão detalhados nos livros do parapsicólogo o Dr. Eliezer Cerqueira Mendes. Foi uma epoca de grande conhecimento e que alicerçou toda minha trajetoria nas escolhas que teria que fazer para continuar o que chamo de experiencia de vida, no desejo insano de cada dia alcançar a luz da espiritualidade e no maior dos encontros com o supremo, eternizando meu ser a serviço dessa LUZ.</span></span></span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-73481828731832702142011-01-08T17:29:00.000-08:002011-01-08T17:29:56.520-08:00DESCONHECIDA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSkOk_9DuQI/AAAAAAAAAH4/LdQRwvBWR_0/s1600/desconhecida2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSkOk_9DuQI/AAAAAAAAAH4/LdQRwvBWR_0/s320/desconhecida2.jpg" width="240" /></a></div>Sol forte, desejo...<br />
Pessoas ao léu debruçadas<br />
Mar cristalino<br />
Vontade de existir e coexistir!!!!<br />
<br />
Desejos marcados...<br />
Por rostos desconhecidos<br />
Ao longe as nuvens se confundem com mar<br />
Brancas e limpidas...<br />
<br />
Ela...ela sorrir<br />
Um sorriso atonito, indefinido<br />
Como uma menina inocente<br />
Imaculada pelo meu desejo!!!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSkOxDw6SaI/AAAAAAAAAH8/COzefav5Qww/s1600/desconhecida3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSkOxDw6SaI/AAAAAAAAAH8/COzefav5Qww/s320/desconhecida3.jpg" width="240" /></a></div><br />
<br />
Meus olhos turvam e contemplam sua beleza<br />
Ela, sussurra palavras ao vento<br />
Como um murmurio do mar<br />
Que se debate no Pier...<br />
<br />
E vem o desejo,<br />
de toca-la, de sentir sua pele..<br />
Entretanto, meu sentido vagueia pelo seu corpo<br />
Num instante,<br />
Num extase infinto, alheio a tudo<br />
Sorrio..<br />
Pois sei que aqui na minha mente,<br />
Ela é minha,<br />
A desconhecida do Pier!!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSkO48-6i5I/AAAAAAAAAIA/mcfuCMBQMbQ/s1600/desconhecida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSkO48-6i5I/AAAAAAAAAIA/mcfuCMBQMbQ/s320/desconhecida.jpg" width="320" /></a></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-29832554029893004942011-01-06T21:29:00.000-08:002011-01-06T21:29:12.168-08:00UM BARBARO NO MUNDO PERFEITOSou guerreiro, tanker <br />
Sou forte, incondicional muralha<br />
Que suporta adversidades...<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSaeXltgZ_I/AAAAAAAAAHo/hBkck3ZdWtg/s1600/2010-05-06+23-44-37.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSaeXltgZ_I/AAAAAAAAAHo/hBkck3ZdWtg/s320/2010-05-06+23-44-37.bmp" width="320" /></a></div>Sou mutante, mudo de forma<br />
Viro fera, viro tigre<br />
Agil e felino<br />
Esmagando meu inimigo...<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSahEJQIYgI/AAAAAAAAAHs/k8r9rBdEPwY/s1600/2010-06-18+18-37-49.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSahEJQIYgI/AAAAAAAAAHs/k8r9rBdEPwY/s320/2010-06-18+18-37-49.bmp" width="320" /></a></div>Sou racional, ataco e mordo<br />
Não paro, nao desisto<br />
Nem se meu corpo não aguentar...<br />
Sou imortal combatante<br />
Sou fera que fere a guarda dos inimigos...<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Sou barbaro do mundo perfeito!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSah4b96ubI/AAAAAAAAAHw/IneowKhUzlU/s1600/2010-12-20+21-11-02.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="234" src="http://1.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSah4b96ubI/AAAAAAAAAHw/IneowKhUzlU/s320/2010-12-20+21-11-02.bmp" width="320" /></a></div>Suporto ataques de mil monstros<br />
Sou admirado<br />
Por suportar e resistir a eles<br />
Numa PT eles confiam<br />
Que suporte os malditos <br />
Confio minha vida felina..<br />
Pois sou barbaro, sou mutante<br />
Sou docil como menino<br />
Feroz e tenaz feito um gigante...<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSajgp_6r0I/AAAAAAAAAH0/vhqVbuUpiAA/s1600/2010-06-13+20-11-04.bmp" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TSajgp_6r0I/AAAAAAAAAH0/vhqVbuUpiAA/s320/2010-06-13+20-11-04.bmp" width="320" /></a></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-55617790943645729182010-12-29T05:32:00.000-08:002011-02-04T13:28:23.449-08:00LÁ VAI... LÁ VAI... VAI O DIA...<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><a href="http://2.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRs4LVgEKvI/AAAAAAAAAHk/QMyJlUOTQVI/s1600/estrelas_arvores.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" n4="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRs4LVgEKvI/AAAAAAAAAHk/QMyJlUOTQVI/s320/estrelas_arvores.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Noite sombria,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Cálidas estrelas no céu</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Sussurra o vento gélido</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Mãos se tocam, acariciam-se</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Árvores desfolham</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">E o dia se vai...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Agitam as ruas sons surdos,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Um gemido ao longe ressoa aos ouvidos dos amantes</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Trocam carinhos e abraços apertados</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Gritam os homens do lixo</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">E o dia se vai...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Um cachorro abana o rabo</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Quedando-se aos pés dos apaixonados</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Beijam-se ardentemente</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Late o cão</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">E o dia se vai...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Silencia a rua,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Agora só restam os sons noturnos</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Despedem-se os namorados</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Chega o sono e,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: white; font-size: 20pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Lá vai... Lá vai... vai o dia.</span></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-72361956064220261522010-12-29T03:48:00.000-08:002010-12-29T03:48:08.262-08:00VIVER<div style="text-align: justify;">A rua estava meio deserta, poucos carros, pouca gente em frente aquela praça enorme, o teatro que sempre estava cheio, hoje ao contrario mal se via uma viva alma na bilheteira, apenas o homem do coco, displicente sentado cochilando. Do lado a banca de revista, parada junto a ela uma menina em sua cadeira e rodas, menina de um semblante dócil, aspecto meio carregado um sofrimento, mas tranquilizador conformada com sua condição deficiente, junto a sua cadeira uma senhora jovem, cansada pelo tempo lia algumas revistas. A menina de olhinhos negros deveria ter seus 17 anos, parecia ter o olhar perdido. A passos lentos fui me aproximando e fui tomado de uma vontade enorme de conversar com aquela dócil menina.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRi-cVaipiI/AAAAAAAAAHY/eh4yzh1QY74/s1600/cadeira-r1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="287" n4="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRi-cVaipiI/AAAAAAAAAHY/eh4yzh1QY74/s320/cadeira-r1.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fiquei ainda alguns minutos parado como se tomasse fôlego para tomar a iniciativa de um dialogo. Meus olhos encontram o dela, que pareciam tão profundos como verde-azul do mar. Sorri e ela instintivamente retribuiu ao meu gesto.</div><div style="text-align: justify;">- Olá, feliz natal menininha...</div><div style="text-align: justify;">- Feliz natal moço</div><div style="text-align: justify;">Sua voz parecia embargada, meia tremula, mas de uma conotação forte e decisiva. </div><div style="text-align: justify;">- Comprando revistas?</div><div style="text-align: justify;">- Não, esperando minha mãe</div><div style="text-align: justify;">- Podemos conversar um pouco? Não me leve a mal, mas não sei por que você me chamou atenção, e inexplicavelmente sentir uma enorme vontade de lhe falar, saber como ficou nessa condição.</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">- Não gosto muito de falar sobre estes assuntos, mas não sei...posso contar ao Sr.</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Perto da banca havia um banco de jardim na praça, gentilmente solicitou que a levasse ate la, pois a historia demoraria um pouco e não queria que ficasse em pé por tanto tempo.</div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRjUDHkAoHI/AAAAAAAAAHc/LAMqJgUXijU/s1600/menina-campo1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" n4="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRjUDHkAoHI/AAAAAAAAAHc/LAMqJgUXijU/s320/menina-campo1.JPG" width="320" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Larrissa era seu nome, com os olhos embargados começou a referendar sua historia. Sempre vivera no interior de Goiás, estudava na única escolinha da cidade, desde os 06 anos. Gostava de ler e de compartilhar conhecimentos. Todos os dias pegava a estradinha de barro da sua casa no sopé da colina ate a cidade, sentia felicidade em ir todos os dias a escola aprender, sonhava em um dia ser uma cientista. Aos 09 anos, já tinha concluído o primário e ingressava no ginasial, sempre fora inteligente e vivaz. Descia a estradinha como de costume, quando ao longe avistou um homem barbudo e careca que lentamente se aproximava, logo sentiu certo receio, sentiu seu coração acelerar pois nunca o vira pelas redondezas, mesmo assim continuou firme seu percurso. Não se deu conta qual instante aquele homem ficou a sua frente impedindo sua passagem, olhou bem nos seus olhos e este falou: "menina aonde você vai?" "porque você estar sozinha nesta estrada?" O temor foi crescendo dentro do seu coração e não teve palavras para responder aquelas perguntas, apenas o encarou. "Responda, vai ficar ai, me olhando?" Tremula e com as mãos já frias, respondeu timidamente: "estou indo a escola, e o Sr. que faz por estas bandas, longe da cidade?"<br />
Depois dessa frase não lembra de mais nada, acordou no hospital com dores por todo o corpo e o olhar assustador daquele homem em suas lembranças. A policia por diversas vezes tentava fazer com que se lembrasse dos detalhes e o que de fato aconteceu, mas sua mente insistia em bloquear. Seus pais e irmãos estavam sempre por perto, vez por outra via os olhos cheio de lágrimas de sua mãe e que inexplicavelmente dias mais tarde saberia da sua triste realidade e do por quê daquelas lágrimas. <br />
Nunca conseguiram localizar o agressor, foi encontrada desacordada na beira do riacho a kilomentros de distancia de onde lembrava ter falado com aquele sinistro homem, no exame de corpo e delito foi constatado estrupo seguido de vários traumas na região da bacia, onde atingiu a coluna resultando na deficiência, segundo os médicos não voltaria a andar.<br />
Ali na praça observando aqueles doces olhos e ouvindo toda a historia de Larissa tive a certeza que ela jamais deixará de lutar, que suas pernas um dia obedecerão a ordem de sua mente e voltara finalmente a sentir a docilidade da liberdade que é o ir e vir.<br />
A Sra. que estava a uma certa distancia de nós dois se aproximou e com um sorisso, levou a pequena Larrissa em sua cadeira de rodas.</div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-68214834120204347092010-12-28T08:53:00.000-08:002010-12-28T08:55:45.783-08:00ABSTINÊNCIA ANTES DO CASAMENTO<div style="text-align: justify;"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRoWhxYqdYI/AAAAAAAAAHg/k9SogiCxumY/s1600/amor_impossivel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="255" n4="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRoWhxYqdYI/AAAAAAAAAHg/k9SogiCxumY/s320/amor_impossivel.jpg" width="320" /></a></div>Na pesquisa realizada pelo pesquisador Dean Busby, foi observado que pessoas que praticaram abstinência até a noite do casamento deram notas 22% mais altas para a estabilidade do relacionamento. As notas para a satisfação com o relacionamento foram 20% mais altas entre casais que esperaram, assim como as questões sobre qualidade da vida sexual (15% mais altas) e comunicação entre os cônjuges (12% maiores).</div><div style="text-align: justify;">A questão é, relacionar-se ou não sexualmente antes do casamento pode produzir inadequação nas relações? Penso que mesmo com base em pesquisas feitas, o fato de ter ou não uma relação antes do casamento necessariamente não determinara a durabilidade do afeto entre o casal e de sua sexualidade.</div><div style="text-align: justify;">Segundo o sociólogo Mark Regnerus, da Universidade do Texas, autor do livro Premarital Sex in America, acredita que sexo cedo demais pode realmente atrapalhar o relacionamento. "Casais que chegam à lua de mel cedo demais - isso é, priorizam o sexo logo no início do relacionamento - frequentemente acabam em relacionamentos mal desenvolvidos em aspectos que tornam as relações estáveis e os cônjuges honestos e confiáveis."</div><div style="text-align: justify;">Mas o que se pensar dos casais do tempo de minha avó? Onde o discurso das mulheres em sua grande maioria é de que era inadequadas, infelizes em sua vida sexual? Sofriam agressões morais e físicas quando não satisfaziam as vontades de seus homens e ou quando o desejavam e ensaiavam atitudes que somente as mulheres da luz vermelha (como eram referendadas as prostitutas) executavam nas suas praticas sexuais.</div><div style="text-align: justify;">Creio que a liberação sexual feminina veio sim ajudar a dar o casamento uma escolha mais perfeita, mais justa e uma certeza para uma convivência plena, num discurso de dialogo que ate então não era produzido nos lençóis das camas.</div><div style="text-align: justify;">A liberação sexual que me refiro, é aquela consciente, sem promiscuidade, sem exageros e nem comparativos masculinos nos padrões estabelecidos, apenas a mulher tem o direito de conhecer o homem a quem um dia devera dedicar seu afeto e muitas vezes sua vida, numa sincronia sexual adequada. Se este ou aquele não é adequado, ela deve prosseguir na busca de sua satisfação, sem contudo se violentar por isto.</div><div style="text-align: justify;">Se escolher a abistencia que seja uma escolha, uma opção e não uma imposição como foi vista e pregada no passado. </div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-16715994399848561502010-12-26T14:48:00.000-08:002010-12-26T15:02:12.161-08:00FAMILIA DRAGON<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><h3 class="smller">CAPITULO III</h3><h3 class="smller" style="text-align: center;"><br />
</h3><div class="para" style="text-align: justify;">Com a morte da mãe, delegamos em comum acordo que Kelvink e Angel estaria a frente das decisões e resoluções sobre os problemas que viessemos a enfrentar, ele e ela tendo a palavra final. Afinal eles sempre foram pessoas sensatas e fortes para liderar a familia. Após nossa escolha, foi feito o inventario e partilha dos bens. Concordamos que ficaria na mão a administração de Kelvink e qualquer coisa que precisasse recorreriamos a ele. Com a morte de nosso avós por parte de mãe, ela como filha única receberia todo o legado, assim herdamos um lindo Castelo além da cidade Espada, já nas imediações da cidade Dragão. Junto tambem tem duas vilas, fundadas por meu avô, onde Kelvink deixou os moradores residindo lá, e em troca eles fornecem todo os alimentos consumido pela casa. Kelvink, investiu o pouco dinheiro que realmente ficou, apesar de aparentarmos ser ricos a situação não é bem como parece, mas tudo que temos dar para viver com dignidade. </div><div class="para" style="text-align: justify;">Como amigo e patrono da familia, Kelvink não nos deixa faltar nada, amoroso, gentil e forte estar sempre disposto a lutar pela honra da familia. Com todos os problemas enfrentados desde q nasceu, fez do Tigrão um lutador, mas que as vezes se esquece de viver o prazer da vida, embora seja tachado por muitos de mulherengo, por ser gentil e afetuoso com todas que conhece, entretanto ele nunca se envolveu de fato com nenhuma. As vezes flagavamos olhando a esmo o horizonte, e nunca sabíamos realmente o que se passa no coração do nosso protetor.<br />
Após dois dias preso em casa, numa depressão infinda por problemas pessoais, sai para fora do Castelo, para caçar e viver aventuras..do Mundo Perfeito descobrir duas novidades, uma que serei brevemente pai e a outra ao chegar no Castelo, as luzes ainda acesas e murmurios, mostravam que algo tinha acontecido. Encontrei ao lado da lareira Kelvink com seu enorme cachimbo, Angel..jogando dardos e Leonelli deitada sobre o colo do irmão mais velho. Achei estranho, tal reunião, embora sejamos os mais velhos, tinha certeza que pelo horario algo havia acontecido. Saudei a todos, fui ate a adega, e bebi um bom gole de vinho, e perguntei o que estava acontecendo. Angel, parou com os dardos e explicou que Kelvink quando arrumava o quarto de nossa mãe, encontrou algo que o deixou extasiado. Meu coração sem querer acelerou, inexplicavaelmente, e em momentos lembrei da sua doçura. </div><div class="para" style="text-align: justify;">Kelvink então falou: " irmão meu pai é mais canalha do que pensei", fiquei atonito..Angel , explicou, nosso irmão tem um irmão, alem da Zodiack, (filha da Mabú), um filho da nossa propria mãe com o pai dele..com a partida de nossa mãe ele a obrigou deixar o pequeno Jack, senão ela não teria nem a chance de ficar com o Kelvink...magoada, ressentida e sem nenhum poder ela cedeu, e nunca, nunca mais em vida, pode ver o proprio filho.</div><div class="para" style="text-align: justify;">Com toda essa novidade, Kelvink depois de muita insistência de Leoneli e Angel resolveu se empenhar em procurar a meia irmã na cidade das Feras, já que ela pode ser a única que deve saber sobre a existência de JackSully. O cabeça dura reconheceu que estava errado em culpar a irmã pelo erro do pai, pois na verdade ele estaria se punido, evitando de conhece-la. Sabíamos que tudo era um disfarce, no fundo Kelvink tinha muita curiosidade em conhecer a meia irmã. </div><div class="para" style="text-align: justify;">Particularmente eu e Nefistoan iniciamos as investigações, e como Kelvink viaja muito, ele nos comentou sobre um mercador, que possivelmente teria alguma informação sobre o paradeiro de Zodiack e ouvir a historia que tinha para nos contar. Ele mora nas imediações do deserto Ecos, vendendo sua pratarias. Ao inquerir sobre JackSully e Zodiack ele nos contou que depois da estada de Kelvink conseguiu localizar a irmã dele, e em seguida nos deu o endereço. Ficamos extasiados e emocionados com aquela noticia, decidimos então que Nefistoan e Murriel viajariam a terras longínquas do território das Feras para encontra-la, já que são alados e voando encontrariam mais rápido o lugar, combinamos também não falar nada a Kelvink até tudo ser resolvido.</div><div class="para" style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Nefistoan saiu cedo naquele dia, iria em busca de noticias de Zodiack e JackSully nas terras distantes da cidade das Feras. Passou 2 dias investigando quase sem êxito o endereço dado pelo mercador, quando encontrou uma velha senhora que conversava na taverna a respeito dos dissabores da pequena Zodiack, atento o alado ficou prestando atenção aquele historia e não teve duvida, tratava-se da mesma pessoa. Aproximou-se da velha e inquiriu sobre Zodiack, ela gentilmente contou que a feiticeira vivia no centro de Fera, perto da joalheria. Nefistoan agradeceu e foi no endereço indicado. Ao chegar sentiu certa tensão e ansiedade, afinal aquela era irmã do seu amado Tigrão. Bateu á porta...coração apertou e finalmente uma senhora apareceu, era quem cuidava de Zodiack, Molleia que após a morte da mãe da feiticeira cuidou com carinho da mesma. Nefistoan explicou tudo a senhora, que sorriu e informou que a anos Zodiack procurava pelo irmão sem exito. Informou que JackSully e ela não se cansavam nesta jornada. Pediu então que retonasse ao fim da tarde, onde os dois estariam em casa. Nefistoan despediu-se com o coração leve e a certeza do dever cumprido.<br />
<a href="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRfJIFL03mI/AAAAAAAAAHU/2QWXhtiYPb4/s1600/2010-06-03+02-32-33.bmp" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRfJIFL03mI/AAAAAAAAAHU/2QWXhtiYPb4/s200/2010-06-03+02-32-33.bmp" width="200" /></a><br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRfIAVvWylI/AAAAAAAAAHQ/eqIXbg39o3I/s1600/2010-04-05+13-03-12.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://1.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRfIAVvWylI/AAAAAAAAAHQ/eqIXbg39o3I/s200/2010-04-05+13-03-12.bmp" width="200" /></a></div><div class="para" style="text-align: justify;"><br />
</div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-59899502419802477142010-12-23T06:20:00.000-08:002010-12-23T08:15:07.134-08:00O QUE DIZ UMA FRASE?<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRNbIm5PQcI/AAAAAAAAAHE/RgDHkGUz8Fo/s1600/imagesCASD6JLQ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" n4="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TRNbIm5PQcI/AAAAAAAAAHE/RgDHkGUz8Fo/s200/imagesCASD6JLQ.jpg" width="200" /></a></div><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Este espaço será reservado para analises e comentários sobre frases, definições e conclusões que nos levam a um certo discernimento. Não é irônico pensar que todas as abstrações que determinados autores e livros enfatizam se posto em pratica nos faz sentir que são verdades existenciais e nos levam a uma reflexão sobre a maneira com que vivemos neste plano e como interagimos com nossa realidade?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><u>"O homem está colado entre os deuses e as feras</u>”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">esta </span>afirmativa de Plotino, nos coloca numa dimensão intermediária de uma realidade ainda não absorvida pelo homem, e sua real referencia de sua natureza. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Numa outra perspectiva Jô nos afirma nos ver. 30-29: Sou irmão dos dragões e companheiro das corujas...”, o que ele quis dizer com isso, na verdade? Fazendo uma analogia poderíamos concluir que Plotino nos dar informação sobre um homem dependente de deuses e ameaçado pela feras, não conseguindo despertar e assimilar o próprio medo de si. Mas adiante ele afirma: “Tenho medo dos deuses, pois não sou um deles, tenho medo das feras pois elas me ferem”, é uma visão de um homem tenebroso, e os deuses surgem como soluções para os seus medos e erros. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Quanto a Jô ele prefere se igualar ao inferior, porque desconhece em sua essência e este lhe parecem inferiores.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">No livro Origem da espécies de Charles Darwin, uma das conclusões nos fica evidente, é que nós homens descendemos de alguma forma de espécies inferiores, e isto é deveras uma conclusão um tanto desagradável para certas pessoas, mas dificilmente alguém duvidaria de que descendemos de bárbaros. O espanto que particularmente senti ao me deparar com essa teoria pela primeira vez, me fez refutar a concepção bíblica, então como explicar tudo isso? Tenho uma teoria, que ficaria entre as duas concepções que talvez pudesse explicar e nos confortar dessa angustia existencial, tão própria do ser humano. No inicio nada existia a não ser DEUS, e Ele era o verbo, Ele expressou uma vontade em criar, então surgiu o universo, os planetas e a vida. Queria ele proporcionar isso a alguma coisa que fizesse parte dele, então criou o homem, mas não um homem apenas,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sim vários com sua companheira, onde pudesse vivenciar e não se sentir só, pôs esse homem, numa espécie de jardim, onde tudo era para ele, tudo obedecia a este homem, entretanto por pura insatisfação, implantada na sua natureza, este quis saber mais, mas Deus sabia que ele não estava preparado, mas continuou insistindo e Deus, então convidou a ver como era de fato a existência, afinal este homem não queria sua proteção. Assim todos que estavam no paraíso, foram expulsos para poder conhecer a vida em outros estágios. Deus porém, desnudou o homem de tudo, e ele foi forçado a aprender tudo, aprimorar sua inteligência. É porisso que vivemos no primitivismo das cavernas e outras situações nesses milhares de anos existenciais. Não sei se me fiz compreender, mas os dogmas surgidos depois, foi pura audácia do homem para sobrejulgar o outro, seu semelhante. Aquele que vê um selvagem em sua terra nativa, saberá que em algum momento de nossa vida, um de nossos ancestrais, foi rude, incoerente, canibal, e que com a evolução nos foi dado do privilegio de melhorar nosso ser. </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Acredito que daqui a mil anos a humanidade </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">estará diferente, terá aprendido mais para sobreviver melhor <span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">esta é uma esperança de um destino ainda mais elevado num futuro distante e de seu final, mas bem isso é outra história.</span></span> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A essência do homem relatado por Darwin é de um homem que apesar de ter evoluído ainda continua na barbarice, cheio de crimes, tentando destruir o que lhe mais caro que é o meio ambiente, pelo simples fato, creio eu, de ser muito egoísta, não pensar nas gerações futuras. Fico a imaginar até que ponto esse homem conseguira sobreviver em seu próprio ambiente. Se formos perceber a beleza de nosso planeta Terra, como se fosse um celeiro do amor, onde todas as criaturas se harmonizam, se reproduzindo infinitamente, e que isto tudo poderá ser perdido, pela simples ignorância humana, me dar calafrios.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Hoje, em pleno final do século XX, o homem moderno, lê e pensa. Em 1754, Jean-Jacques Rousseau, em seu livro a Dissertação sobre a origem e a base da desigualdade da espécie humana, comentou : “ <u>Importante sobre o estudo natural do homem, é considerá-lo a partir de sua origem..</u> Neste terreno, eu não poderia senão formar conjecturas vagas e quase imaginárias. A anatomia comparada ainda fez poucas descobertas e as observações dos naturalistas são por demais incertas para qualquer raciocínio lógico e sólido”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Hoje com o surgimento da auto-analise e as terapias de grupo consolida o homem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a ser o que ele é, assumir sua matéria corpórea, seus pensamentos por mais esdrúxulos que sejam, para finalmente encontrar-se e transformar o que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é o maior Dom: A VIDA, numa forma acessível, certo de que o resultado de tudo isso é o desenvolvimento interior sucessivo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Willian Shakespeare afirma: “<u>O que foi que visto no sombrio passado e no abismo do tempo</u>? “(A tempestade). O que sempre temos visto é<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a maneira mórbida de homens degladiar-se, fugindo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e se transformando em orvalhos, nada mais que lágrimas e lágrimas. O mundo é velho, o homem é novo, novo em suas ações , novo em seu modo de pensar e agir. Hoje, pouco se conseguiu estudar pouca coisa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a seu respeito e de boa parte do universo. O acesso a nós mesmo é um ponto que merece atenção. Às vezes ouvimos alguém afirmar que detesta alguém, que sente inveja do semelhante, homens que não gostam do que fazem, não gostam do planeta pois o desrespeitam, do sol, e que vivem em constante mau-humor e reclamação. Analiso o que faz este homem aqui? E imagino que algo precisa ser feito, que de certa maneira é preciso domesticá-lo dado o grau de sua alienação, despertando-se enfim, para si próprio. São paradoxos, que devemos solucionar, quando a nossa frente surge.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Estudamos o cérebro, nosso maior medo é saber o que ele contém, apesar de nossa insistente curiosidade, como é sua estrutura, o grande desafio que ele nos mostra. Até hoje, o que nos deprime são as insignificantes indagações. Aristóteles, contribui assim: “<u>De todos os animais, o homem é aquele que possui o maior cérebro em relação ao seu tamanho.” Será que o tamanho importará ?</u></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Será que o Éden será uma metáfora dentro da evolução do homem ou será que ele existiu? Mais que milenar a estória de sua existência. Assim alguns versos de Jonh Milton (Paraíso Perdido) nos dar uma idéia poética: </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Então não estarias pouco inclinado...</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A deixar este Paraíso, </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">mas possuirias...U</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">m paraíso dentro de ti, </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">mais feliz ainda...De mãos dadas, com passos errantes e lentos.. Através do éden tomaram seu rumo solitário...”</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Abre-se dentro de mim<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma reflexão maior sobre a existência do paraíso dentro de si, porém ele parece tão pequeno quando não entendido... O problema consiste em percebê-lo, será que encontra-se ao meu lado, perdê-lo parece impossível, mas o importante mesmo é procurá-lo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Como posso pensar em ser feliz, se a minha volta existem milhares de pessoas infelizes e tristes, passando pela vida de forma despercebida, sem nuca ter especulado sobre si mesma, e até mesmo terem refletido sobre sua existência, sobre seu paraíso interior. Somos importantes, e precisamos nos compreender de fato.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Sigmund Freud contribui nesse sentido: “<u>A voz do intelecto é suave, mas não descansa até ter ganho um ouvinte. Em última analise, após inumeráveis derrotas, ela vence. Este é um dos poucos pontos em relação aos quais poderemos ser otimistas no tocante ao futuro da humanidade.”</u></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Faço um comentário através de um verso reflexivo:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Tenho ouvido para ouvir a voz dos Deuses</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pouca é minha sabedoria</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Diante de tamanha beleza!!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tenho visões para ver</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E seguir meu destino...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em busca do meu paraíso interior.”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“O<u> espírito de um homem é capaz de tudo, porque tudo está nele, todo o passado e todo o futuro</u>”(Joseph Conrad)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">As horas silenciosas se aproximam... (Willian Shakespeare). Todas essas questões de extremo conhecimento humano, talvez não passem de simples conjecturas ou afirmações de problemas existenciais<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que o homem vivência em relação a sua natureza e ao cosmo. De onde viemos e para onde vamos. Como se processa esse ciclo, ou tudo é um ciclo como tudo indica? Fica a idéia para você leitor refletir.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-75906237186751406172010-12-23T05:39:00.000-08:002010-12-31T16:58:04.415-08:00NO CALOR DA DOR, A EMOÇÃO DO AMOR<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Janeiro de 1979, uma viagem inesperada interrompeu os negócios de Paulo. Até então, vivia em sua pacata cidade, sem muita ambição e problemas sérios. O avião no aeroporto estava de partida numa das poltronas, Paulo Novaz porte athetico, lia a carta de sua noiva Fernanda. Aquele dia amanhecera nublado e com fortes ventos. Seus olhos percorriam as páginas daquele papel como se buscasse algo além das palavras, enquanto isso o avião movimentava-se na pista, alcançando os céus rapidamente. As palavras daquele pequeno bilhete expressavam saudades e dizia: “Estou ansiosa esperando noticias suas. Aqui nada de novo, e a rotina às vezes me deixa desanimada, a não ser a alegria que compartilhei com Glória, César e Lima de terem passado no vestibular, foi muito legal. Querido os dias sem você são duros, e não vejo a hora deste curso chegar ao fim para novamente está em seus braços. Você é uma pessoa maravilhosa que amo muito, e não imagina como essa distância me faz mal, mas logo, logo o curso terminará e seremos muitos felizes para nos amarmos”. Beijos – Nanda.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Entretanto aquelas palavras pareciam tão artificiais, sempre que recebia carta dela, era simples, curtas demais e até mesmo fúteis. Estava decidido de lhe fazer uma surpresa, mas estava preparado para qualquer tipo de problema que pudesse vir a acontecer, aquele era o motivo de sua viagem.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">A aeromoça ofereceu-lhe um drink, o qual aceitou naturalmente. Da pequena janela do avião observava as nuvens e a imensidão do céu. Podia ver a tempestade que caía torrencialmente, e vez por outra balançava o avião, causando um certo medo nas pessoas.</span></div><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Paulo Novaz tinha 32 anos, homem bem sucedido na vida, herdara do pai uma pequena rede de supermercados em sua cidade, que era uma pessoa que todos amavam, sempre procurava ajudar os mais necessitados, após sua morte por causa de problemas cardíacos, a cidade não foi mais a mesma, e assim alguns dos problemas da cidade acabavam tendo que ser resolvidos por Paulo, que pacientemente continuava o trabalho do pai. Na época que seu pai falecera, era apenas um jovem de 20 anos, ainda imaturo, desconhecia totalmente o teor dos negócios do pai, assim teve de inicio certa dificuldade, mas logo facilmente conseguiu direcionar adequadamente os negócios. Conhecera Fernanda numa dessas festinhas na casa de um dos seus amigos, assim que a viu sentiu irresistivelmente atraído, com sua maneira dócil de falar e de ser. Seus cabelos caídos aos ombros, negros, olhos esverdeados, parecendo uma deusa grega.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">A forte tempestade sacudia o avião com maior intensidade, e algumas pessoas, principalmente umas senhoras com o terço na mão rezavam. Ouviam-se trovoadas assustadoras.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;">Naquele momento uma moça japonesa o encarava insinuadamente, fazendo com que esboçasse um sorriso, sendo consequentemente correspondido. </span><span style="font-size: 12pt;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A torrente de chuva lá fora aumentava e o panico era geral<span style="font-size: 12pt;">. Paulo fechou os olhos tentando dormir, idealizando sua chegada <personname productid="em Belo Horizonte. Do" w:st="on">em Belo Horizonte. Do</personname> seu lado a aeromoça ajudava a velhinha a amarrar seu cinto de segurança. Segundos mais tarde o avião entra em pane, caindo entre as matas do estado de Goiás, algumas explosões, gritos de morte, a chuva torrencial ajudou a conter o fogo, e um silêncio se fez.</span></span></div><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-size: 12pt;">Ao despertar do estado de inconsciência Paulo Novaz, ouve um canto de pássaros e atordoado abre os olhos. Meio sonolento percebe o que aconteceu bem ao seu lado a moça japonesa estava imóvel, mas ainda respirava. Levantou-se lentamente, sentindo o chão fugir de seus pés, a cabeça girar, caindo novamente.</span></span></span><span style="font-size: 12pt;">O relacionamento de Iara com Paulo, despertara nele um sentimento estranho. Era uma jornalista recém-formada, trabalhava para um jornal <personname productid="em Minas. Conversavam" w:st="on">em Minas. Conversavam</personname> muito, principalmente quando iam juntos pegar água, ela havia lhe dito que tinha um namorado que a amava, mas que ela apenas sentia uma ternura e admiração profunda. Com o convivo dia após dia, ela sabia que algo forte estava sentido por Paulo, aquele rapaz gentil, que pacientemente cuidava de todos, às vezes se pegava pensando nele, e sentia um enorme medo que algo lhe acontecesse quando saía em caçada com o comandante.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Na cidade o noticiário informa em rede nacional o desaparecimento do vôo 205 da VARIG, e começam as buscas do Boeing. Na casa de Paulo Novaz, seus familiares ficam apreensivos, sua mãe inconsolável, ainda tinha esperança que seu filho estivesse vivo. A irmã de Paulo, Débora, liga imediatamente para Fernanda, avisando do que havia acontecido com o noivo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Novamente Paulo desperta do transe em que se encontrava, e o cheiro forte de carne queimada exalava no ar. Levanta-se e ainda encontra força para ir até o local em que se encontrava a moça japonesa, ainda estava respirando, de súbito fica feliz. Faz um esforço enorme para carregar aquele corpo um tanto frágil, colocando perto de uma árvore. Vê um corpo de um homem aparentando 50 anos, ainda respirava, retira alguns destroços do avião que estavam sobre ele, e este abre os olhos, com certa dificuldade e com o auxilio de Paulo caminha até a árvore onde se encontrava a moça japonesa. Alguns passageiros tinham sobrevivido àquele terrível acidente, eram apenas 15 sobreviventes, o restante, esses estavam irreconhecíveis, carbonizados. Agora o que fazer estavam sem nenhuma comunicação, nenhum radio funcionava, sem água e sem comida. Diante da situação Paulo percebeu alguns animais e pássaros, logo imaginou que deveria ter água por perto. Comunicou aos outros passageiros, que iria procurar água, pois era o único que estava em boas condições físicas, seus ferimentos eram leves. Ouviu então a voz do comandante que dizia ter forças para acompanhá-lo. Paulo, mas este explicou o quanto ele era necessário para os outros sobreviventes que permanecesse esperando por ele, depois dele era o mais saudável.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Percorreu uma área enorme, e não conseguia uma gota d’água, ia desisti, quando um animal chamou sua atenção. Parecia um castor, ou um desses roedores que vivem se enterrados na terra. Como que por impulso de sobrevivência, tentou segurar o bichinho, imaginava que poderia dar uma boa refeição. Entretanto, mais rápido e esperto o bichinho começou a correr, e Paulo atrás, desesperado. Seu instinto de sobrevivência lhe impulsionava a segurar aquele pequeno roedor, com a mão enfiada em sua toca, conseguiu capturar o bichinho. Logo adiante viu um pequeno córrego o qual sentiu uma imensa felicidade. Imediatamente, encheu a vasilha para levar ao local do acidente, agora sabia que poderiam sobreviver.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TQtw1yoDIUI/AAAAAAAAAG8/V8wzF7FHQJE/s1600/acidente-aereo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="232" n4="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TQtw1yoDIUI/AAAAAAAAAG8/V8wzF7FHQJE/s320/acidente-aereo.jpg" width="320" /></span></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>Os dias foram passando paulatinamente, e não aparecia o socorro, enquanto isso Paulo e comandante, já restabelecido, caçavam os pequenos animais, faziam fogueiras, se revezavam à noite por causas dos animais, eram 07 sobreviventes.<span style="font-size: 12pt;">Haviam enterrados todos os corpos, construído algumas malocas com os destroços. O que mais fazia feliz Paulo, era o canto dos pássaros e a presença de Iara, a japonezinha que lhe sorrira a 05 dias atrás quando o avião caiu naquelas colinas. Alguns passageiros ainda precisavam de socorro adequado, uns estavam mutilados e ainda agonizavam de dor. Com um carinho especial Paulo cuidava daquelas pessoas, procurando confortá-las.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 16px;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Nas cidades por todo Brasil surgiam os mais variados boatos sobre o avião desaparecido, nesses 07 dias de buscas não davam em nada, alguns jornais noticiavam as mais absurdas versões, um desses sensasionalistas dizia que o avião havia sido engolido por um enorme disco voador, outros diziam que haviam sido raptados por terroristas libaneses, e outros ainda anunciavam que com a queda do avião nenhum sobrevivente havia. Os jornais competentes publicavam que tanto o exercito e aeronáutica estavam em buscas constantes, mas que nenhum dado concreto da localização do avião e seus passageiros.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Paulo continuava sua rotina dia após dia, e mais uma morte aconteceu no acampamento, agora eram apenas 06, que brigavam heroicamente minuto a minuto pela vida. Apesar de todas as dificuldades vivenciadas, para Paulo aqueles dias lhe davam uma enorme sensação de alegria, e ele sabia que era por causa de Iara, já não pensava na noiva, e se esta estava sendo infiel ou não, agora não mais interessava. Naquela madrugada, o sono demorava a chegar, dormia perto de Iara, seus corpos juntos, tão próximos, que sem querer sentiram que estavam abraçados, como numa mágica e sensual energia, e o inevitável aconteceu, ambos sentiram a maior felicidade.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TQt19zlsquI/AAAAAAAAAHA/01dvGrEFQoc/s1600/imagesCAUGP60T.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" n4="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TQt19zlsquI/AAAAAAAAAHA/01dvGrEFQoc/s1600/imagesCAUGP60T.jpg" /></span></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Aquele dia amanhecera chovendo. Paulo sorriu para o dia e o canto dos pássaros lhe trazia uma sensação de paz e quietude enorme, respirou fundo e agradeceu mais uma vez a Deus por estar vivo e feliz. Repentinamente, ouviu uma zoada que parecia de um helicóptero, correu para chamar o comandante, e aos gritos procuravam chamar atenção, como por instinto pôs mais madeira na fogueira, queimando até sua roupa, era a única esperança que tinha desde o dia que o avião caíra. O piloto do helicóptero se comunica com a base, havia descoberto os destroços, e finalmente acabara aquela busca, depois de l3 dias.</span><br />
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">O socorro não demorou, logo que chegaram os reforços. Os seis sobreviventes, uns ainda gravemente machucados, respiravam aliviados, finalmente poderiam ir para casa, Deus tivera misericórdia com todos, estavam vivos e livre daquele sofrimento. </span></span><br />
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Paulo e Iara prometeram novamente se encontrar, mesmo porque ambos teriam que resolver suas vidas, para livremente amarem-se. Sabiam que agora finalmente suas vidas iriam ter um novo começo, no amor sincero e construido dia após dia pelo sofrimento, apesar de tudo estavam felizes.</span></span></div><span style="font-family: inherit;"> </span></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-87875431485308075582010-12-17T05:08:00.000-08:002010-12-17T05:08:41.634-08:00PREÇO A PAGAR?<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Que preço deve-se pagar pelo amor?</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Preço algum suponho,</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">O amor é energia, vem da alma, do espírito...</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Portanto, sem preço</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Não se compra, não se vende</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Apenas se sente...</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Quem de nós nunca manifestou a esperança de ter um amor?</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Todos suponho</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Ser paciente e esperá-lo</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Com a porta entreaberta para que possa entrar</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">A qualquer momento </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Em qualquer lugar...</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Quem não se sentiu apossado pelo amor?</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Cada um de nós suponho.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Sentindo adentra-se, sem nem pedir licença...</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Possuindo o que deve ser possuído</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">A pele, o cheiro, o beijo...</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Num leve pulsar de dedos...</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Creio que não devemos pagar para se ter amor</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Pois ele é essência da vida</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Pertence a todos e a um</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">É o alimento da alma,</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Da vida que sobrevive a cada dia</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 18.0pt;">Da humanidade ensandecida!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TQtgzGg9JgI/AAAAAAAAAG4/dfISpxjy8uY/s1600/AmorEterno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" n4="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TQtgzGg9JgI/AAAAAAAAAG4/dfISpxjy8uY/s320/AmorEterno.jpg" width="260" /></a></div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6013700574718725441.post-4353668905109129322010-12-16T11:50:00.000-08:002010-12-16T11:50:17.760-08:00SOLIDÃO<div style="text-align: justify;">O telefone disparou o alarme incessantemente, ainda estava no PC, agora virara rotina, a insônia permanente e inexplicável perseguia-me. Vez por outra olhava pela janela, as estrelas límpidas e o silencio denunciava que precisava repousar, mas o que fazer nessas situações em que o corpo teima em ficar acordado? Médicos psiquiatras amigos sempre falaram do stress e medicavam velhos calmantes, entretanto eu nunca comprei um sequer. Aquele ruído do despertador no celular me lembrava que era hora de esticar o corpo na cama, deixar as torrentes de pensamentos fluíerem, fazer planos para o amanha e consequentemente aos pouquinhos ir relaxando ate o sono bater as portas. Assim o fiz, desliguei o PC, tomei uma boa ducha para que a sensação relaxante tomasse conta de mim e paulatinamente como magica ele ia se aquietando, ate entrar em transe e êxtase profundo, vencido pelo cansaço e revitalizado para o amanhã, e assim seria um novo dia.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TQjLlFQg-KI/AAAAAAAAAG0/m_tGKyqu5WI/s1600/definicao-de-solidao-71251-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" n4="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_CUNHeaA0H9M/TQjLlFQg-KI/AAAAAAAAAG0/m_tGKyqu5WI/s400/definicao-de-solidao-71251-1.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;">Acordei assustada já com o sol aquecendo minha pele e com o canto matinal do bem-ti-vi, num som melódico de paz curativa. Olhei em volta, não havia ninguém, o lençol dobrado levemente molhado e amassado denunciava que havia feito muito calor aquela noite, mas no profundo do meu sono não pude perceber. Uma tristeza invadiu minha natureza e me dei conta o quanto por muito tempo tenho estado só, sem companhia, sem compartilhar minhas tristezas, minhas adversidades e alegrias. Ponderei se isto era bom ou era ruim, afinal ser só é algo distinto de está só. </div><div style="text-align: justify;">Agora era hora de espreguiçar, fazer caretas para despertar e aos poucos por os pés dentro dos chinelos e ir ate o banheiro e na sequência preparar um bom café da manhã. Iniciava o processo do dia. Tomei o ônibus do horário, ainda era a cedo a cidade mal despertara e o transito fluía adequadamente, podia através da janela ver o mar que circundava toda orla, convidativo, prazeroso de se visualizar. </div><div style="text-align: justify;">Num impulso, tomei uma decisão, pedi sinal ao motorista que lentamente parou e desci. O mar a minha frente contagiava-me e irresistivelmente fui senti-lo, caminhando de pés descalços sobre a areia.</div><div style="text-align: justify;">Quantas vezes é necessário ter uma atitude como esta? Parece irresponsável, mas certamente dar um prazer enorme, ficar ao léu sem responsabilidade com ninguém a não ser consigo próprio. Aquela caminhada ao lado do mar me daria uma sensação de felicidade, de certeza que minha solidão nunca me foi prejudicial, alias ela me é salutar, me levava ao nirvana, ao auto conhecimento, ao contato com o que desconhecido, me elevando. ´</div><div style="text-align: justify;">Longe percebo algumas gaivotas a voar, mergulhando para buscar seu alimento, dano ao céu azul um colorido dignificante e encantador. Algumas crianças brincam de bola, fazendo arruaça, o que me faz sorrir. </div><div style="text-align: justify;">A cidade agora já não é mais a mesma, acordou para seu dia..o transito e o caos não me incomodam, pois alheia permaneço e cercada pela doce sintonia do mar, encontro-me só, tendo consciência que minha solidão é apenas um disfarce que minha verdadeira energia precisa para ser feliz!</div>Roseane Tavareshttp://www.blogger.com/profile/07749198496154296421noreply@blogger.com0